Depois de dois dias e 11 horas de prova, as primeiras equipes que disputam o Ecomotion Pro, maior corrida de aventura do Brasil, já venceram pouco mais de um terço do percurso. Oito equipes já abandonaram, enquanto outras 28 seguem na batalha pelos US$ 12 mil de premiação. Na manhã de quinta, às 10 horas, acontece o primeiro corte: quem não chegar ao PC 14 seguirá por um percurso alternativo, mais curto. A prova está sendo disputada no sul da Bahia, na região de Caraíva.
A equipe Quasar Lontra, tricampeã do Ecomotion, chegou a liderar a prova com três horas de vantagem, mas dificuldades com a orientação do trekking que fizeram na madrugada de terça para quarta-feira deixaram-nos bem próximos dos segundos colocados, os mineiros da Trotamundo. No PC 14, de onde as equipes saem para a etapa de técnicas verticais – um jumar de 800 metros, seguido de um rapel de 800 metros, ambos realizados na Pedra do Oratório –, a diferença estava em cerca de 20 minutos. Na seqüência, chegaram os paulistas da Curtlo Lobo Guará, os gaúchos da Cosa Nostra e a paulista Selva, com diferença de poucos minutos entre eles.
Depois do vertical, as equipes descansam um pouco as solas dos pés, extremamente judiadas pelos longos trekkings e pela chuva que não pára, para uma etapa de 85 quilômetros de mountain bike. A partir de agora, elas terão que “pagar” as três horas obrigatórias de sono, o que pode fazer com que as colocações mudem bastante, dependendo da estratégia de cada uma.
A chuva e a conseqüente lama, aliadas às onipresentes bolhas nos pés dos atletas, vêm tornando o progresso dos competidores mais lento do que o previsto, o que fez a organização cortar 100 quilômetros do percurso original, que ficou em 524 quilômetros. Segundo a organização, a partir de agora a prova apresenta menos dificuldades técnicas. A expectativa é que as primeiras equipes cheguem em Caraíva na sexta-feira à tarde.
Dá-lhe energia: atletas no trekking da prova (Foto: Alexandre Cappi)