Na última sexta-feira (dia 24 de outubro), o cientista de computação norte-americano Alan Eustace saiu da cidade de Roswell, no Novo México (EUA), carregado por um balão com 35 mil cúbicos de gás hélio em direção à estratosfera. Após alcançar os 41.419 metros de altura, ele se soltou do balão e viajou em queda livre de volta à Terra. Ao aterrissar com a ajuda de um paraquedas, havia ultrapassado a barreira do som e concluído o salto mais alto dos últimos tempos, deixando para trás o recorde estabelecido em 2012 pelo base jumper austríaco Felix Baumgartner (na época, o atleta chegou aos 39 mil metros).
O cientista usava um traje espacial de fibra de carbono, desenvolvido especialmente para a façanha, e também levava uma câmera Go Pro – conectada a uma central de controle no solo por ondas de rádio. A subida demorou duas horas e a descida não chegou a levar 15 minutos. Alan ultrapassou a barreira do som nos 4min30s de queda livre. Ainda assim o recorde de velocidade continua sendo do austríaco. “Foi incrível. Foi lindo. Você pode ver a escuridão do espaço e pode ver as camadas da atmosfera, algo que nunca vi antes”, disse ele em entrevista ao New York Times.
Alan é vice-presidente sênior do Google, mas para realizar o ambicioso projeto não contou com a ajuda da grande empresa, porque estava preocupado em evitar que o salto se tornasse um evento de marketing – como aconteceu com Felix, que contou com o apoio da marca Red Bull e teve seu desafio transmitido ao vivo para o mundo todo. Para o pulo, o norte-americano trabalhou sigilosamente por três anos e financiou sozinho o projeto. Saiba um pouco mais o salto no vídeo abaixo.
HOMEM-PÁSSARO: Alan mergulha de volta ao solo terrestre, após alcançar 41 quilômetros de altura
(FOTO: J. Martin Harris Photography)
Dentro do traje que usou para a sua façanha, Alan Eustace é auxiliado pela equipe
(FOTO: Volker D. Kern)