Safra nova – Maria Teresa Caritato

Por Vladimir Olojal

Foto por Ivan Storti / FMA notícias

Ela demorou a se render ao mar, mas em poucos meses já se tornou a promessa do surf feminino brasuca.

Idade: 19

Altura: 1,65m

Primeiros drops: aos 3 anos, à bordo do pranchão que o pai levava todas as férias para a praia de Camburi, em São Paulo. Mas só voltou a se interessar pelas ondas 14 anos depois.

Há quanto tempo mudou-se de vez para a praia que era seu refúgio de infância: seis anos

Por que é a promessa do surf: em suas poucas incursões em torneios até agora, Maria obteve resultados expressivos. No campeonato de estréia, em Camburi, ficou em terceiro. Depois, classificou-se em quinto lugar na etapa de inauguração do Lui Lui Guarujaense de Surf e foi sétima no Universitário. Tropeçou, porém, no Billabong Junior Girls Series, seletiva para o Mundial sub-20. "Para ganhar, você tem de ter sorte. O mar tem de estar do seu lado. Também é preciso esquecer da vida particular e se concentrar. Eu tenho muito que aprender", diz Mari.

Paixão esportiva antes do surf: capoeira, que ela só largou depois de se apaixonar de vez pelo mar, há dois anos. "Todo mundo colocava pilha para eu surfar, mas eu não dava muita bola. Um dia, do nada, decidi encarar as ondas e não parei mais", conta.

Primeiros patrocínios: a coragem de enfrentar qualquer tipo de mar chamou a atenção do dono de uma loja de artigos de surf, que passou a lhe ceder parafina, camiseta de lycra e todos os apetrechos necessários para os treinos.

Musa ou surfista: "Agora eu lido numa boa com esse rótulo de musa. O juiz não vai te dar nota porque você é bonita, tem de surfar bem. Mas ter um rosto legal muitas vezes ajuda. Um patrocinador gosta se pode ter alguém que dá resultado e sai bem na foto", diz.

Vaidade: a cada quinze dias, ela aporta no salão para cuidar dos cabelos.

Primeira susto no mar: quando tinha só três meses de surfe, decidiu encarar ondas de mais de 1,5 m em Maresias, no litoral paulista. A entrada, guiada por amigos, foi fácil. Mas, quando se viu diante das séries, entrou em pânico. "Tentei sair remando e tomei umas cinco ondas seguidas na cabeça. Quando cheguei na areia, tudo o que eu queria era voltar a respirar. Mas foi bom para ver até onde posso ir e aprender que tenho de ter calma nessas horas. Você afunda, mas uma hora volta à superfície”.

(Reportagem publicada originalmente na Go Outside de setembro de 2005)







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