O catarinense Markolf Erasmus Berchtold, 25 anos, empolgou o Balneário Camboriú no sábado, dia 2 de julho, com a conquista do vice-campeonato. 21º colocado no ranking de Downhill da UCI, Markolf já foi tetracampeão pan-americano e tetracampeão brasileiro, e atualmente passa a maior parte do ano competindo no exterior com a equipe espanhola MSC-Maxxis. Fera no downhill – começou precoce, aos 4 anos, no bicicross –, sua rotina consiste em treinos de cross-country, speed (até 100 quilômetros), saltos em pista de BMX, natação, musculação, motocross e ioga.
Em Camboriú foi a segunda vez que você conseguiu a segunda posição em uma prova de Mundial (a outra foi no Canadá em 2004). Correr no próprio país faz diferença?
É a pior prova, pois sinto uma responsabilidade muito grande ao ver todo este público querendo que eu ganhe.
Qual foi o momento mais marcante para você na prova?
Ver em todo trecho da pista uma torcida louca e, ao chegar, ver que tinha feito o melhor tempo da prova, e que nenhum outro conseguiria quebrar. Pelo menos até chegar o último piloto, Greg Minnaar, que já foi meu companheiro de equipe na Global Racing, e levou o primeiro lugar. Ele merece.
Faz tempo que você corre o circuito mundial. Você se considera em seu auge?
Dez anos de circo de downhill no mundo. Estou me sentindo muito forte e preparado. Mas ainda tenho o que melhorar.
O que você acha da bike da Honda? Ela realmente é um diferencial competitivo?
Ela tem uma tecnologia muita grande, mas nada adianta sem um bom profissional.
Quais são seus projetos futuros?
O futuro é ser campeão do mundo e aproveitar enquanto tenho forças para competir. Atualmente estou montando também uma loja de bike em Schroeder [sua cidade natal, em Santa Catarina] para que eu possa me manter no meio do circo das bikes.
(Reportagem publicada originalmente na Go Outside de agosto de 2005)