Que tudo se realize


AÇÃO: Os windsurfistas Diogo e Flávio

Por Cassio Waki

Conheça alguns dos projetos mais audaciosos e desafiantes de 2006.

Madeira-Amazonas a remo

Potara – que em tupi-guarani significa querer – é o nome do barco que o próprio Antônio Carlos Ferreira, o Nico, construiu para, em quatro meses, a partir de fevereio, remar de Porto Velho (RO) a Belém (PA). A aventura começa no rio Madeira e termina no Amazonas. “Por enquanto, as dificuldades vieram da ousadia da idéia, de construir o barco reinventando peças e equipamentos”, diz Nico, que já realizou expedições terrestres na Bahia, Pantanal matogrossense, Bolívia e Peru.


EXPEDIÇÃO: O remador Nico

O mundo é nosso

Os jovens documentaristas da Baboon Filmes, Henry Ajl, Markus Bruno e Tatiana Barbosa, que hoje exibem suas aventuras no programa Repórter Record, da TV Record, estão inspirados. Neste mês, eles vão explorar os templos e edifícios perdidos em Angkor, capital do antigo Império Khmer, no Camboja. Em fevereiro, focarão a aventura na Guatemala e, em abril, visitarão duas províncias pouco conhecidas da China: as planícies de Sichuan e as florestas de Yunnan. “Realizamos reportagens e documentários especiais em regiões meio conturbadas, de difícil acesso, algumas vezes perigosas, sempre em busca do diferente”, conta Henry.


EM FOCO: A equipe da Baboon filmes

Noronha-Natal de Windsurf

Fazer a primeira travessia oceânica de windsurf do mundo. Esse é o desafio da dupla catarinense Diogo Guerreiro e Flávio Jardim que irá percorrer 370 quilômetros entre Fernando de Noronha (PE) e Natal (RN) em apenas dois dias. A dupla terá de dormir uma noite em mar aberto, a 200 quilômetros do continente. “Estaremos numa região de ventos com intensidade e direção constantes, em média 45 quilômetros por hora, o que permite um bom velejo”, conta Guerreiro.

Everest sem oxigênio


SEM OXIGÊNIO: Os escaladores Rodrigo e Vitor

A dupla Rodrigo Raineri e Vitor Negrete se prepara para mais uma aventura no Everest, no início de março. A intenção é atingir o cume sem a ajuda de oxigênio suplementar – em 2004, Vitor chegou lá com a ajuda de oxigênio. “Queremos voltar porque o grande desafio ainda está lançado: subir a 8.850 metros de altitude, pisar no cume do Everest sem a ajuda de oxigênio suplementar. Isso nós ainda não fizemos”, diz Rodrigo. “Agora sabemos como melhorar a logística, a estrutura dos acampamentos e dos equipamentos. E, o principal, conhecemos sherpas [carregadores de altitude] que podem nos ajudar e nos quais podemos confiar”, completa Vitor.

(Reportagem publicada originalmente na Go Outside de janeiro de 2006)