Busão com vista pro mar


O BUSÃO: A máquina dos sonhos

Por Cassio Waki
Fotos por Marcos Alves

Uma tímida — e ótima — idéia, que surgiu em 2002, começa a tomar corpo e pode rechear o litoral brasileiro e, quem sabe, alguns países com vista para o mar. Trata-se de um ônibus especialmente fabricado para os praticantes de esportes com prancha, que percorre as principais praias da cidade do Rio de Janeiro e tem capacidade para transportar 12 pranchões, 20 pranchinhas, 10 bodyboards e mais algumas pranchas de kitesurf. Antes de puxar a cordinha para descer na praia de sua preferência, o passageiro pode assistir a filmes e videoclipes na televisão de 29 polegadas, ouvir um som ambiente, se refrescar com alguma bebida do frigobar, e, ainda, usufruir da parafina e do raspador oferecidos pelo maneiríssimo busão.


SURFBUS: Armário com cordinha para as pranchas

Batizado de Surf Bus, o lotação ainda é privilégio dos cariocas, que podem utilizar o serviço das 7 às 19 horas, todos os dias, com paradas nas praias de Copacabana, Ipanema, Leblon, São Conrado, Barra da Tijuca, Recreio, Macumba e Mirante da Prainha. A linha roda 450 quilômetros por dia e transporta, em média, 3.500 passageiros por mês, com picos de 5 mil no verão. A passagem custa R$ 3 e você pode conferir o itinerário da linha no site www.universorj.com.br/surfbus/index.htm. De quebra, entre uma viagem e outra, você ainda pode cruzar e trocar uma idéia com os profissas Guilherme Tâmega, Rico, Andréa Lopes, Pedro Müller e Raoni Monteiro, que também esticam o braço para subir no coletivo.


POR DENTRO: O interior da lotação

Cidades como Florianópolis, Salvador, Fortaleza e Recife estão sendo cogitadas para receber o Surf Bus. “É só fechar um patrocínio e os ônibus já poderão circular nessas capitais”, conta o empresário, que também quer levar a idéia para Portugal, Espanha, França, Austrália e Havaí. “É uma oportunidade para incentivar os esportes de prancha, principalmente, para quem não tem facilidade em se locomover pela cidade”, diz Antônio Carlos Guanabara, idealizador do projeto. “Além disso, também oferecemos um serviço de qualidade não só aos atletas como também aos turistas”.

(Reportagem publicada originalmente na Go Outside de janeiro de 2006)







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