Mulher em alta

Por Cassio Waki
Foto por Divulgação

Foram seis anos vivendo um sonho. No dia 19 de maio de 2006, Ana Elisa Boscarioli, 40 anos, atingiu o cume do Monte Everest pela face sul com auxílio de oxigênio suplementar e se tornou a primeira brasileira a conseguir esse feito. “Realizei o sonho da minha vida, mas a ficha ainda está caindo. Tenho outros planos, mas agora é deixar rolar pra ver o que acontece”, diz tranqüilamente a montanhista.

2 meses durou a expedição à maior montanha do mundo.

15 minutos foi o tempo que Ana Elisa ficou no cume do Everest.

60 quilos – entre roupas, cadeirinhas, crampons, mosquetões, carboidrato em gel, filmadora, pilhas etc – é o peso de todo o equipamento que a brasileira levou para sua expedição.

18 quilos é o peso da mochila que Ana Elisa carregou do acampamento base, a 5.200 metros, até os acampamentos superiores.

11 horas foi o tempo que ela levou para percorrer uma distância de cerca de 500 metros, entre o último acampamento e o cume, a 8.850 metros de altura.

6 cilindros de oxigênio, pesando quatro quilos cada, foram utilizados pela montanhista durante a escalada.

5 cumes é o que falta para Ana Elisa conquistar os sete picos mais altos de todos os continentes: McKinley, no Alasca, Winson, na Antártica, Elbrus, na Rússia, Kilimanjaro, na Tanzânia e Carstensz, na Indonésia. “Tenho essa vontade, mas ainda preciso assimilar muita coisa antes de iniciar o próximo projeto”.

2 são as perguntas que mais fazem para Ana Elisa desde que ela chegou ao Brasil, no fim de maio: “O que sentiu ao chegar ao cume?” e “Qual é a próxima?”.

13 horas por semana é o tempo que Ana Elisa se dedica aos treinos distribuídos de corrida, bike, natação e musculação – sem contar as provas de resistência que ela também inclui no treinamento. Ela já fez corridas de aventura, triathlons, um Ironman, um Extra Distance e um X Terra.

3 títulos de 1ª brasileira. Ana Elisa foi a primeira a atingir um cume acima dos 8 mil metros (o Cho Oyu, no Himalaia), a primeira e única a chegar ao topo do Aconcágua pela via Direta do Glaciar Polonês e a primeira no alto do Everest.

6 cirurgias. É o número de plásticas que Ana Elisa realiza por semana, em média, em seu consultório.

(Reportagem publicada originalmente na Go Outside de julho de 2006)







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