Como se fosse neve


TAPETE VOADOR: Cywinski salta na pista sintética de snow

Por Fernanda Franco

Pode não nevar por aqui, mas o que não falta é brasileiro apaixonado pela sensação do snowboard – cortar a neve com a prancha e sentir o vento bater no rosto. Foi pensando nos praticantes tupiniquins que o instrutor de ski Márcio Cleto, 35, desenvolveu uma “pista” de snow sintética, para treinar drops e manobras no quintal de casa. O produto é uma espécie de tapete feito de pêlos de polietileno sobre uma base de plástico, e precisa ser molhado para funcionar. “A textura do pêlo é que gera o atrito para as manobras. A água diminui o calor gerado pela fricção com a prancha”, explica Márcio, que aceita encomendas sob medida, em metros quadrados. Se você não tiver um super gramado no seu sítio, dá para montar um “snow park”.

O skatista e snowboarder André Cywinski, 29, testou e aprovou. “Ela desliza mesmo”, comemorou após o primeiro drop. Ao final da session, fez um balanço: “Eu consegui pegar uma boa velocidade. Funcionou nas manobras, e a sensação é quase a mesma do gelo picado. Mas a freada final não é tão firme, já que não há o acúmulo de neve embaixo da prancha.” Taí a dica!

(Reportagem publicada originalmente na Go Outside de março de 2007)