Texto e fotos Alexandre Cappi
NAS PRIMEIRAS PEDALADAS PELAS RUAS DE AUCKLAND, a desatenção quase se transformou em fatalidade. Ao contornar uma esquina em alta velocidade, esqueci da mão-inglesa e dei de cara com uma van lotada de passageiros. Nem deu tempo de frear e levei uma bela “retrovisada” no pescoço. A Renata Falzoni, jornalista e biker brasileira que me acompanhava, ficou pálida. E eu, com as pernas bambas por conta do susto, mal consegui me desculpar com o motorista.
Bom começo para conhecer um país em que todas as atrações naturais do mundo surgem concentradas em duas ilhas que, juntas, são pouco maiores que o estado do Tocantins. Viajar pela cinematográfica Nova Zelândia é como conhecer a Terra do Nunca de Peter Pan ou literalmente vivenciar a Terra Média das fábulas sonhadoras de J. R. R. Tolkien – só que, na Nova Zelândia “real”, os personagens somos nós, viajantes que nos aventuramos neste país tão singular e complexo, e o cenário, bem, o cenário você pode escolher entre os vulcões ativos, os lagos gélidos, as praias ensolaradas, as montanhas alpinas, as florestas e os fiordes colossais. Ou, melhor ainda, aproveitar a pequenez do país para curtir um pouco de tudo.
A Nova Zelândia é geograficamente dividida entre duas ilhas principais (Norte e Sul), além de algumas ilhotas. As duas ilhas são compridas e estreitas, fazendo com que a temperatura varie muito de acordo com a latitude do lugar. Na ilha norte, faz mais calor e o clima é mais seco. Na ilha sul, a temperatura é mais baixa (neva, até), o ar é mais úmido e o terreno é dividido longitudinalmente por uma cadeira de montanhas, os Alpes do Sul, que concentram os maiores – e mais divertidos, pra quem gosta de snowboard, trekking e montanhismo – picos do país. Mais de 25% da Nova Zelândia é protegida por reservas e parques nacionais, o dobro da média mundial.
Considerada o celeiro mundial dos esportes de aventura, o lar dos kiwis (como são chamados os neozelandeses) garante experiências inéditas para quem tem disposição e coragem de desafiar os limites da mãe-natureza. Os kiwis são povo que respira esportes e faz deles o combustível de suas vidas. Acredite: 85% da população pratica alguma atividade física. As cidades são super arborizadas e, após o horário comercial, os parques se enchem de pessoas correndo, pedalando, ou simplesmente curtindo o solzinho que ainda brilha. Pra quem quer sair totalmente do ambiente urbano, o entorno das cidades também oferece inúmeras opções de lugares para praticar esportes.
O país também é fonte de interesse de biólogos e pesquisadores. Acredita-se que essas ilhas sejam fragmentos do antigo e único continente meridional Gondwana, que se desprenderam há mais de 100 milhões de anos. Tal fato explica a flora e a fauna raras da região, que transformam a Nova Zelândia num santuário de características endêmicas. Um exemplo é o próprio kiwi, um pássaro símbolo que emprestou seu nome ao povo. Em razão da inexistência de predadores, a espécie tornou-se terrestre após perder as asas no processo de evolução. Um verdadeiro tubo de ensaio do evolucionismo darwiniano.
PARA QUEM PARTE DO BRASIL, A PORTA DE ENTRADA DA NOVA ZELÂNDIA É AUCKLAND, cidade da Ilha Norte que merece uma visita, ainda que rápida. Trata-se do maior centro financeiro e cultural do país, que cresceu em volta de uma baía onde reside um quarto da população total de cerca de 4 milhões de pessoas. A baía, aliás, é perfeita para a prática de vela e canoagem, o que faz com que a cidade possua o maior número de barcos per capita do mundo. Muito procurada por estudantes internacionais, a metrópole surpreende por mesclar moderno e histórico sem apresentar as tensões dos grandes centros urbanos. Em dias ensolarados, as praias de Mangawhai e Te Arai também são as mais procuradas pelos surfistas que desembarcam no país.
Eu e Renata pedalamos até o museu da cidade, que abriga um dos maiores acervos polinésios do globo, para entendermos como as pessoas e os fatos moldaram a cultura local. Lá constatamos que o modo de vida aventureiro do povo kiwi foi muito influenciado pela vinda de navegantes exploradores à região da polinésia desde dois mil anos atrás. Essa migração trouxe a tradição dos remadores indígenas maoris, que aportaram na Nova Zelândia no ano de 1100. Eles eram navegadores excepcionais, que se espalharam por toda a Polinésia e criaram rotas marítimas de comércio pelos mares do Sul.
No século 18, o país já havia sido visitado por holandeses, franceses e por último os ingleses. Em 1840, um acordo concedeu aos chefes maoris os direitos sobre os recursos naturais do país, mas a coroa britânica continuava a governar. Somente em 1947 a Nova Zelândia se tornou completamente independente. Hoje, a cultura neozelandesa é uma mescla da influência européia e dos elementos indígenas preservando a tradição dos povos do mar, mesmo porque nenhum ponto entre as duas ilhas está a mais de 200 quilômetros da costa.
Depois de Auckland, a dica é pegar um ônibus até a pequena Whakatane, que fica na região da baía de Ohiwa, privilegiada por estar localizada entre o oceano Pacífico e uma estância termal repleta de lagos e vulcões. O mais espetacular de todos os vulcões da Ilha Norte está a apenas 48 quilômetros da costa da cidade: o Whakaari, conhecido como Ilha Branca, é um dos poucos vulcões ativos no mundo que permite a aproximação até a cratera principal. O local também é muito procurado por mergulhadores, ávidos em explorar as aberturas de vapor sub-aquáticas, cercadas de grandes cardumes de peixes. A melhor maneira de ter acesso a ilha é pegar um barco turísico na baía de Ohiwa.
Em Whakatane fui recepcionado por Neil Jones, atleta da equipe de aventura Merrell, que me levou para conhecer o seu local favorito de treinos: a trilha Heritage (www.whakatane.com), um caminho de sete quilômetros que começa no topo do mirante da baía e contorna as encostas de grande valor histórico para os maoris. O percurso termina na praia mais bonita da cidade, que também é um dos grandes picos de surf do país. Entretanto, Neil acrescentou: "As melhores ondas estão em Raglan, próxima à cidade de Hamilton, onde rola as esquerdas mais longas do hemisfério sul". Depois descobri que era mesmo verdade. A baía de Raglan, no nordeste da ilha, foi cenário para o clássico filme Endless Summer, de 1966 (www.surf.co.nz).
Outra cidade da ilha norte que merece uma visita é Rotorua, localizada a uma hora de carro de Whakatane. A região termal, com piscinas de lama e gêiseres, é conhecida como a Meca do mountain bike na Nova Zelândia. Prova é que em 2006 o local foi palco do campeonato mundial da modalidade. Na região também é possível praticar rafting em perigosos rios e trekkings em florestas nativas, além de inúmeras opções de esportes náuticos nos lagos vizinhos à cidade (www.rotoruanz.com).
De Rotorua, siga para Taupo, a 100 quilômetros, no coração da Ilha Norte. A região, sagrada para os índios maoris, preserva um enorme lago cercado por vulcões e pelo legendário parque nacional de Tongariro, o mais antigo do país, fundado há 120 anos. No verão, o Tongariro é muito procurado por remadores, trekkers e bikers. O cartão postal da região é o monte Ruapehu, um vucão ativo com cume a 2.797 metros, todo coberto de gelo. Já no inverno, Tongariro se transforma no principal centro de esportes na neve da Ilha Norte e oferece três grandes estações de esqui: Turoa, Waihohonu e Wakapapa Tukino (www.laketauponz.com).
Próxima parada: Wellington, a capital da Nova Zelândia. Museus, galerias e prédios históricos são as atrações mais quentes da metrópole litorânea, que fica bem ao sul da Ilha Norte. Saindo da parte urbana, há a cadeia de montanhas Tararua, que segue por 80 quilômetros em paralelo ao mar da Tasmânia e oferece inúmeros roteiros de trekking. E também é de Wellington que sai a balsa que atravessa o estreito de Cook, que separa as duas ilhas (www.wellingtonnz.com).
Uma dica esperta para quem estiver na capital é pedalar no Makara, um parque para mountain bike com 24 quilômetros de singletracks, a poucos minutos do centro da cidade. As pistas no meio das florestas são todas classificadas pelo grau de dificuldade, o que atrai de iniciantes a experts para a região. Já as outras trilhas no entorno de Wellington podem ser percorridas a pé ou a cavalo. Outra boa pedida é seguir de carro até o estuário de Waikanae, reserva científica onde residem mais de 60 espécies de aves nativas.
Para fechar a viagem pela Ilha Norte, fui até a cidade de Hastings, 400 quilômetros a sudeste, para servir de apoio ao filho de Neil, Daniel Jones, de 16 anos, que participou da sua primeira corrida de aventura. A região agrícola, de colinas verdes entrecortadas por sinuosos rios, foi cenário perfeito para a disputa realizada anualmente entre jovens de até 17 anos. Depois de 12 horas debaixo de frio e chuva, descobri o porquê da resistência sobrenatural dos atletas kiwis. A obstinação e a paixão pela vida ao ar livre são fatores educacionais de peso e de berço.
AUTO-PROCLAMADA A CAPITAL MUNDIAL DOS ESPORTES DE AVENTURA, Queenstown, na ilha sul, oferece mais de 150 atividades esportivas diferentes e foi onde nasceu o famoso ioiô humano chamado bunge jumping. A pequenina cidade fica na Ilha Sul, ao redor do azulado lago Wakatipu, com 300 metros de profundidade, e aos pés da gloriosa cadeia de montanhas Remarkables. A população de 20 mil pessoas convive em perfeita harmonia com vastos recursos naturais, atraindo milhares de turistas por ano. A comida é ótima, a vida noturna agitadíssima e a rede de hotéis têm opções para todos os bolsos. Confira opções em www.queenstown-nz.co.nz.
Em Queenstown, encaramos uma adrenalizante maratona de “deveres de casa”. Foram oito dias de quase constante sensação de estômago saltando pela boca. Começamos pelo ar, encarando um salto duplo de pára-quedas e um vôo acrobático chamado Red Bull Actionflite. Também nos jogamos do mais alto pêndulo humano do planeta: o cânion Swing, com 109 metros de altura e 200 metros de extensão. Outra opção bacana foi o "heli-rafting": embarcamos num helicóptero até o topo de um cânion no rio Kawaraue para depois descer as correntezas de rafting. Foram cerca de seis quilômetros de águas brancas, classificadas como classe III (dificuldade média).
Ainda na água, embarcamos em jetboats – potentes lanchas capazes de deslizar em alta velocidade na superfície da água – e desvendamos o rio Shotover. Para os aficcionados por água, existem opções de remo pelo gélido Wakatipu ou roteiros de canionismo, vela e windsurf. Para completar o pacote em Queenstown, subimos uma via ferrata (rota com degraus de aço) de 300 metros no morro Queenstown e pedalamos cerca de 40 quilômetros ao redor do Wakatipu, sob um frio de três graus. Todas as atividades são oferecidas pela agência DescubraNZ, operada por brasileiros (www.descubranz.com.br)
No inverno, Queenstown se transforma num imenso playground alpino, que atrai esquiadores do mundo inteiro para as estações locais. A Nova Zelândia orgulha-se de ter a mais longa e consistente temporada de neve do hemisfério sul. Já no verão, entra em cena um dos destinos alpinos mais populares da Ilha Sul: o parque nacional Monte Cook, ou Aoraki, onde fica a montanha mais alta do país – o monte Cook, com 3.764 metros de altitude – e mais 140 picos e 72 glaciares. O parque mantém uma infra-estrutura equipada com 17 "huts" (abrigos gratuitos), com camas, cozinha, banheiro, rádio e kit de primeiros-socorros. Os lagos de degelo espelhados são uma atração à parte na região, que oferece dezenas de rotas de caminhada. Mas a maioria exige dos aventureiros experiência em montanhismo e alpinismo. A dica é se hospedar na base do parque, a vila Monte Cook. O vilarejo está a 700 metros do nível do mar, o que ocasiona um desnível de mais de 3.000 metros em relação ao monte Cook.
Aproveite um dos dias em Queenstown para conhecer a região que ficou famosa por servir de locação para as filmagens da trilogia de filmes Senhor dos Anéis: o parque nacional Monte Aspiring. Lá, optamos por fazer um trecho da Routeburn, uma das caminhadas mais famosas do país. Mesmo debaixo de chuva, avistamos cachoeiras, cânions e árvores centenárias acarpetadas por musgos – um visual surreal.
Foi aqui que encontramos a atleta brasileira Eleonora Audrá, a Nora da equipe de corrida de aventura Atenah, que está morando no país. Com ela, pegamos a estrada e dirigimos cerca de 300 quilômetros até Milford Sound, um dos cenários alpinos mais impressionantes do planeta. As montanhas fazem parte do parque nacional Fiordland, ou “a terra dos fiordes”, o maior e mais visitado do país, com 1,25 milhões de hectares. Depois de chegar a um cais, embarcamos num pequeno cruzeiro contornando penhascos gigantes até a saída para o mar gélido. Entre paredões de 2 mil metros de altitude, em meio a dezenas de cachoeiras, nos surpreendemos com a recepção de um grupo de golfinhos.
A cidade mais próxima dos fiordes é Te Anau, que também é ponto de partida para a caminhada considerada como uma das mais bonitas do mundo pelos trekkeiros: a Milford Track. Desde que um tal Quintin Mackinnon abriu a travessia em 1888, caminhantes do mundo sonham em desafiar a trilha localizada no centro do parque. As operadoras de turismo locais oferecem roteiros guiados com quatro dias de duração e chegada na região de Milford Sound. Para quem deseja percorrê-la de maneira independente, é preciso obter uma permissão especial prévia ao departamento de conservação e reservar acomodação nos huts. Somente 40 caminhantes por dia podem entrar no percurso (www.tracknet.net), o que faz com que a fila de espera para uma permissão demore até um ano para chegar na sua vez.
No litoral oeste da fica a região conhecida como Alpes do Sul, onde estão os imponentes glaciares Fox e Franz Josef. O Fox é uma longa língua de gelo de 14 quilômetros que descende para 250 metros acima do nível do mar, sendo o mais acessível da Nova Zelândia. É possível parar o carro perto e andar pelo gelo por um trecho. Entre o oceano e as florestas tropicais existem cerca de 60 geleiras espalhadas pelo parque nacional Westland, que tem 88.600 hectares.
Da costa oeste fomos para Christchurch, onde Nora mora com o namorado, Ian, também da equipe de corrida de aventura Merrell. A cidade é a mais movimentada da Ilha Sul e um campo-base perfeito para explorar a natureza ao redor, por exemplo num trekking no parque nacional Arthur’s Pass, localizado a poucas horas da cidade e que guarda a infeliz reputação de ter as “florestas mais perigosas da Nova Zelândia”. No caminho, é possível ver as colinas Castle, um complexo de rochas arredondas, refúgio de boa parte dos escaladores kiwis. O visual dos blocos gigantes impressiona por suas montanhas douradas e de cumes nevados, que também abrigam inúmeras estações de esqui.
A combinação de terreno alpino severo e o fácil acesso justificam a maioria dos acidentes fatais da região. O primeiro trecho da floresta é desafiador. Caminhamos seis quilômetros sob um terreno repleto de pedras ao longo do leito seco do rio Waimakariri. O vento frio e forte era só mais um dos obstáculos naturais da região. Atravessamos rios de degelo por diversas vezes e cruzamos lugares onde ocorrem as temíveis avalanches de pedras – as chamadas moraines. Mais uma pernada de cinco quilômetros em meio à floresta tropical e chegamos, quase de noite, numa cabana usada por turistas e funcionários do parque. Os huts, como são chamados, são muito populares em todo o país e estão espalhados pela maioria dos parques nacionais e reservas florestais. Mas, em vez de dormirmos lá, fizemos o percurso de volta à luz de lanternas, num total de sete horas pelo trekking que é parte da Coast to Coast, uma das corridas multiesportivas mais tradicionais da Oceania.
Christchurch é modelo no incentivo ao uso das magrelas e por isso a melhor maneira de conhecê-la é pedalando nas ruas planas. Além das muitas ciclovias urbanas, a prefeitura investiu 2 milhões de dólares na construção de trilhas de mountain bike espalhadas pelos parques da cidade, inclusive dentro de áreas de reflorestamento. Aproveite para assistir a um jogo de rugby, que, assim como o futebol no Brasil, é uma verdadeira obsessão nacional. Outras informações no site www.christchurch.org.nz.
Outro lugar imperdível da Ilha Sul é a cidade de Nelson, bem ao norte da ilha, onde a paisagem peculiar do mar da Tasmânia abriga as praias mais quentes da Nova Zelândia. Mas o que faz de Nelson um local tão especial é o parque nacional Abel Tasman, famoso refúgio kiwi. Lá é possível percorrer uma trilha de cinco dias margeando o oceano de águas cristalinas e caminhando por florestas e praias desertas (www.abeltasman.co.nz). Estando no norte, fica mais fácil pegar a balsa de volta para a ilha norte e seguir para Auckland, de onde sai o vôo de volta para o Brasil – isto é, se você resistir à vontade de ficar para sempre nesse país que parece ter sido feito sob encomenda para os aventureiros.
Cenário real
A saga O Senhor dos Anéis é uma trilogia de filmes consagrada como uma das melhores adaptações para o cinema da literatura infanto-juvenil. Tudo bem que o cenário natural perfeito do parque nacional Monte Aspiring, em Queenstown (Ilha Sul), caiu como uma luva na hora de rodar as ricas fantasias do autor J.R.R. Tolkien, um sul-africano que cresceu na Inglaterra. Mas a locação só aconteceu lá porque o autor deixou registrado no seu testamento que os seus livros não deveriam ser adaptados para o cinema pela Disney, que provavelmente escolheria um cenário sintético, construído em algum canto dos Estados Unidos.
A proibição obrigou a produtora Miramax – que faz parte do grupo da Disney – abandonar o interesse pelo projeto e o filme acabou sendo produzido pela californiana New Line e dirigido pelo neozelandês Peter Jackson, um kiwi que mostrou ao mundo não só o seu país como o talento da indústria cinematográfica local. Talvez se os três filmes tivessem sido feitos pelos norte-americanos, eles não teriam abocanhado onze estatuetas do Oscar, em noites de premiação que colocaram quase 100% da população kiwi na frente da telinha e definitivamente a Nova Zelândia na lista dos principais destinos turísticos do mundo. Nada mal para as 10 mil páginas de fantasia de Tolkien, escritas inicialmente apenas para entreter seus filhos e netos e que acabaram se transformando em três mágicos filmes, rodados simultaneamente na Nova Zelândia ao longo de três anos.
DICAS
Para cruzar o país de carro, alugue em Auckland um motorhome, veículo equipado com camas, cozinha e até máquinas de lavar e secar roupas. Utilize o ferryboat em Wellington para atravessar para a Ilha Sul.
Se você ficará muito tempo viajando pelo país, vale a pena comprar um passe da Kiwi Experience. A empresa oferece uma rede de ônibus para mochileiros e aventureiros e a passagem tem uso ilimitado dentro do período de um ano. Os veículos cruzam as principais cidades e rotas turísticas entre as duas ilhas.
Troque seus dólares americanos nas grandes cidades neozelandesas em vez de nos aeroportos, que cobram taxas desanimadoras. O dólar neozelandês vale cerca de R$ 1,60.
Você sabia que Edmund Hillary – o primeiro homem a escalar o Everest (8.850 metros) em 1953 – era um apicultor neozelandês?
(Reportagem publicada originalmente na Go Outside de julho de 2007)
XÔ, COISA RUIM: Carranca da cultura indígena maori, exposta no museu de Auckland
TERRA E ÁGUA: As montanhas de Queenstown são pano de fundo do lago Wakatipu
FOCO: Enquanto descansa, Renata Falzoni prepara a câmera para captar o visual de Auckland
BONITO PACA: Praia de Whakatane, na baía de Ohiwa, um dos principais picos de surf da Nova Zelândia
BRINQUEDINHO: A pista chama Luge, tem 800 metros e fica num mirante em Queenstown
PONTE DO RIO QUE CAI: Bungee Jumping nas águas esmeraldas do Kawarau, modalidade que nasceu na Nova Zelândia
MORA NO LAGO: O ventro frio forma ondas no Wakatipu, em Queenstown, e anuncia a chegada do inverno