Olho mágico

O QUE É?
Que tal pedalar ou correr montanha acima com as informações sobre percurso e performance aparecendo bem diante dos seus olhos? Esse é conceito por trás do Google Glass, um aparelho de realidade aumentada feito em forma de óculos. Com uma tela instalada na parte superior da lente direita, ele funciona como um “computador de olho” e, por meio de aplicativos, pode te dar informações em tempo real sobre, por exemplo, sua velocidade ou a quilometragem percorrida. Conta com câmera de foto e vídeo – isso tudo sem atrapalhar a visão do usuário, segundo promete o fabricante. Com imagens em alta resolução e um pequeno botão de som localizado atrás da orelha, o Google Glass acessa a internet, tem Bluetooth e conta com uma bateria que dura um dia, dependendo dos recursos utilizados.

COMO FUNCIONA?
Os comandos são acionados com a voz do usuário (por exemplo “ok, Glass” ativa os óculos) e também por meio de toques sensíveis na lateral direita do dispositivo. Já trabalha também com cliques por piscadelas ou simples movimentos de cabeça – o que facilita, e muito, na hora de fotografar ou filmar momentos extremos como saltos de base jump. No site do Google Glass, você pode ver alguns vídeos que explicam bem como ele funciona (google.com/glass/start).

ONDE ENCONTRAR?
Desde maio deste ano, o Google Glass é vendido nos Estados Unidos e no Reino Unido por US$ 1.500 (cerca de R$ 3.400). No Brasil, o óculos é encontrado no Mercado Livre (mercadolivre.com.br) e foi lançado extraoficialmente pela GoGlass Brasil (goglassbrasil.com), uma empresa que aluga o equipamento para festas ou testes (a partir de R$ 200) e comercializa o produto pela bagatela de R$ 6.500.

POLÊMICA
As funções do Google Glass são tantas que alguns sites de tecnologia questionam qual seria exatamente seu objetivo. Alguns estados norte-americanos já estão colocando em prática leis para proibir motoristas de usarem o aparelho – mas a gigante Google rebate as críticas dizendo que o produto não apenas não atrapalha quem está ao volante “como foi feito tendo como um de seus principais públicos-alvo o motorista”. Preocupados com a “etiqueta” dos usuários, a empresa divulgou algumas dicas para uma pessoa não se tornar um Glasshole, ou um “idiota do Google Glass” (pedir permissão para fotografar ou fazer vídeos está no topo da lista desse manual de boas maneiras).

PONTOS NEGATIVOS
Apesar de ter sido alardeado pela marca como um produto feito para “aqueles que se movimentam”, o Google Glass não é impermeável. Além disso, demora um pouco até o usuário se acostumar com tantas informações disponíveis. E ainda há muitas opções não-configuráveis – não é possível, por exemplo, desligar o wi-fi e o Bluetooth, que ficam sempre ligados. Os comandos de voz nem sempre funcionam de primeira.

APLICATIVOS PARA TREINO

1. LynxFit: Oferece exercícios de musculação, funcional e ioga. lynxfit.com

2. Race Yourself: Além de tempo, distância e calorias, projeta outros competidores no campo de visão do corredor. raceyourself.com

3. Runtastic: Com versões para corrida, ciclismo, ginástica e esportes de inverno, traz gráficos de pulsação, duração da atividade, velocidade e distância. runtastic.com

(Reportagem publicada originalmente na Go Outside de agosto de 2014)







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