É AGORA: Shane divide a onda com Benjamin Sanchis e Grant Twig Baker, em Belharra (FOTO: via Facebook)
Nesta semana, Shane está na França, perseguindo um gigantesco swell trazido pela tempestade Hercules, que formou ondas de 20 metros por todo o litoral da Europa, entre Portugal e o Reino Unido.
Para ir atrás das ondas enormes, Shane partiu de sua casa, no distrito de Kona, no Havaí, onde mora com a família, e voou 30 mil quilômetros até Belharra, na França.
“Tive um sério frio na barriga”, disse ele logo após a primeira queda no mar, quando, ainda sob os efeitos do jetlag, pegou duas boas ondas usando uma prancha de 3,5 metros e apenas a força dos próprios braços para remar e descer esses “prédios d’água”.
“É assustador”, admite. “É como olhar para baixo a parede de um edifício. Mas você se sente muito bem depois que venceu todo esse estresse. Há um sentimento de realização em superar o que o seu corpo e a sua mente queriam fazer. Ao final, percebe que foi um dia muito desgastante, porque você vira uma montanha-russa emocional nessa busca de superar medos.”
Shane, que já integrou a elite do surf competitivo, hoje é um dos maiores nomes do surf extremo, e já surfou as maiores ondas no México, na Califórnia, em Fiji e no Taiti. Com a melhor e maior onda surfada em 2013 (segundo o júri do prêmio XXL), ele embolsou US$ 50 mil. Mas essa foi sua primeira parada em Belharra.
Nos próximos dias, Shane pretende voltar ao Havaí para chegar junto a outro gigantesco swell que está previsto. No momento, ele e seus colegas de profissão estão vivendo um inverno que parece não ter fim.
(via theguardian.com)