Onde vivem as feras

Belas iniciativas para proteger a natureza e os animais transformam a Namíbia no principal destino de safári do mundo

Por Stephanie Pearson


(Foto: Rich Tompson)


QUEM TEM MEDO DE ESPAÇOS MUITO AMPLOS não costuma se dar bem na Namíbia. Com quase o dobro do tamanho da Califórnia e com um horizonte que parece não ter fim, esse estrelado território da África ocidental está assumindo a liderança do conservacionismo ambiental, graças ao trabalho de grupos como o World Wildlife Fund e de 76 organizações locais que conseguiram colocar incríveis 42% do país sob uma administração focada na proteção da natureza e dos animais.

Não é de se admirar, então, que a Namíbia tenha atualmente a maioria dos guepardos do mundo, além de uma crescente população de elefantes, leões, girafas e rinoceronte. Como se isso não bastasse, suas águas estão limpas, as estradas são boas e, nos meses de seca de agosto a novembro, você tem grandes chances de ver de perto as cinco feras mais famosas do continente (leopardo, leão, elefante, búfalo e rinoceronte). A seguir, dicas valiosas para você planejar um safári inesquecível.


A CHEGADA: Vá de avião até a capital, Windhoek, passando pela sul-africana Joanesburgo (a partir de US$ 1.500 pela South African Airways) e se hospede em um quarto com piscina no hotel Olive Exclusive (a partir de US$ 393 a diária). Antes de deixar a cidade, visite Na’an Ku Se, um santuário de vida selvagem sem fins lucrativos localizado que fica 45 quilômetros a leste de Windhoek, onde leões, guepardos e cães selvagens resgatados são tratados.


NA NATUREZA SELVAGEM: No ano passado, Namíbia, Angola, Zâmbia, Botsuana e Zimbábue criaram uma reserva de mais de 440 mil hectares, chamada de Área Transfronteiriça de Conservação de Kavango-Zambezi, que serpenteia todos os cinco países. Você pode explorar a parte que fica na Namíbia, conhecida como Faixa de Caprivi, sem aquelas hordas de turistas para atrapalhar. Lá é possível ver uma manada de mais de 30 elefantes no Parque Nacional de Mammili e crocodilos de sete metros de comprimento curtindo o sol no rio Chobe. Muitas hospedarias têm parcerias com organizações ambientais, então a população local leva uma parte dos lucros. Para passeios para ver leões, leopardos e elefantes, faça uma reserva no Nkasa Lupala (diária de US$ 180 por pessoa), um belo acampamento com tendas parcialmente construídas com barris de petróleo reciclados. Se você curte pescar, o acesso a peixes-tigre no rio Zambezi é fácil para quem fica no N’twala Island Lodge (a partir de US$ 450 por pessoa a diária).


PARA RELAXAR: Damaraland, no noroeste da Namíbia, é como uma Galápagos deserta. Essa paisagem de xisto e basalto é tão vasta que parece totalmente vazia à primeira vista. Mas use um par de binóculos e você verá que a planície está abarrotada de búfalos, avestruzes, zebras e outros animais. Para apreciá-los como se deve, fique no Damaraland Camp, com dez tendas de luxo (a partir de US$ 683 por pessoa). O acampamento fica na encosta de um morro, com uma vista de 180° do vale do rio Huab e das montanhas Brandberg. Na estação seca, dá para ver a lua cheia nascer ao leste enquanto o sol se põe no oeste.

(Reportagem publicada originalmente na Go Outside de setembro de 2013)







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