Ciclovia interditada. Até quando?


MANTENHA DISTÂNCIA: Ciclovia fechada por tempo indeterminado (FOTO: Luiz Claudio Barbosa/Futura Press)

Em maio, o governo estadual de São Paulo informou, através de seu portal online, que a Ciclovia Rio Pinheiros já tinha servido de passagem para cerca de um milhão de pessoas desde que foi inaugurada, em 2010.

Hoje, no entanto, já faz dez dias que essa ciclovia – que se transformou em caminho alternativo para milhares de pessoas que moram na capital – não funciona. O motivo, segundo a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) , o órgão estadual que administra os 21,5 quilômetros de extensão dessa ciclovia, são as depredações de grades de proteção e de um dos banheiros.

De acordo com o portal de notícias UOL
, essas destruições foram motivadas por usuários de trem, que no dia 18 de junho se sentiram prejudicados com uma falha na estação Morumbi que resultou no atraso dos serviços e, consequentemente, protagonizaram atos de vandalismo na ciclovia, que fica próxima aos trilhos.

“Por enquanto, não há previsão de reabertura da ciclovia porque os estragos foram muitos”, disse Jaqueline Berto, da assessoria de imprensa da CPTM. “Ela tem que estar em pleno funcionamento para evitar riscos aos próprios ciclistas”, completou.

Ainda há usuários desavisados que, geralmente de manhã, indo ao trabalho, dão de cara com o portão fechado em algum dos cinco pontos de acesso à ciclovia, com uma mensagem que relaciona os atos de vandalismo às manifestações. Pessoas que se locomovem de bicicleta, como o designer Paulo Gustavo Dias Santiago, entendem que a falta de previsão de reabertura é um desrespeito ao cidadão. O questionamento é o seguinte: como um meio de transporte alternativo e consolidado na cidade de São Paulo pode ficar tanto tempo interditado?