É tempo de Race Across America!


VAI NA FÉ: Ciclista pedala sob o sol escaldante durante a edição do ano passado

Faça chuva ou faça sol, a partir de hoje (dia 11 de junho), ciclistas do mundo todo darão início à 32ª edição da Race Across America , ou RAAM, como é popularmente conhecida. Nessa prova, considerada a ultramaratona mais casca do ciclismo, os inscritos precisam pedalar 4.800 quilômetros a fim de cruzar os Estados Unidos da costa oeste à costa leste.

Hoje é dada a largada para a categoria solo. Infelizmente não tem nenhum brasileiro no desafio, nem mesmo Claudio Clarindo, que este ano foi premiado pela Go Outside e já cruzou os Estados Unidos quatro vezes (leia mais aqui). Já no dia 15 de junho, duplas, quartetos e octetos partem de Oceanside, na Califórnia. De lá, os ciclistas precisam atravessar o deserto e subir a caminho das Montanhas Rochosas. Depois de descer a cadeia de montanhas, os participantes ainda irão passar pelo rio Mississippi até terminar em Annapolis, do outro lado dos EUA. Os mais rápidos esperam concluir o desafio em até oito dias.

Três equipes brasileiras estarão por lá. Conversamos com Gabriel Cassiolato, de 35 anos, que competirá ao lado dos ciclistas Márcio Milan, Ricardo Arap e da colombiana Andrea Vasquez. Integrante da equipe Vencendo Desafios Team Brasil (foto abaixo), ele contou sobre a preparação e as expectativas para a competição que começa nos próximos dias.


VAI BRASIL: Equipe Vencendo Desafios Team Brasil

GO OUTSIDE: Como está sendo a preparação para a prova?
GABRIEL CASSIOLATO: Eu já participei da RAAM algumas vezes, mas como apoio. Este é meu primeiro ano como atleta. Para os dois lados é um trabalho de tempo. Só o treinamento começou há mais de um ano. Também durante esse período fizemos reuniões sobre a equipe de apoio e todos os preparativos.

Quais as expectativas da equipe?

Quando eu recebi o convite, logo pensei: vou para aproveitar e treinar. Em pouco tempo, o Márcio já logo avisou que não seria bem assim. Pelo contrário, avisou que estamos indo com a meta de conquistar o primeiro lugar da categoria (mista e com atleta de mais de 60 anos). Nossa meta é fazer abaixo de sete dias. É difícil. Até hoje só uma equipe brasileira conseguiu.

Qual é o ponto forte da equipe Vencendo Desafios?

Com certeza, nosso ponto forte é o espírito de equipe. Depois de tudo que passamos juntos e o que está por vir, é como se fossemos uma família. Acredito que a união vai fazer a diferença. Podemos não ser os mais fortes, mas vamos buscar o equilíbrio em tudo para dar o melhor.

Depois de anos participando de alguma forma da RAAM, complete a frase com o que você percebeu ser o mais importante para concluir uma prova desse tamanho: “Sempre, sempre, carregue…”

Um desejo de viver!