O norte-americano Peter Stark se mudou com a família para uma pequena cidade do Nordeste, onde moraria durante um ano. Roubada ou sonho? Pergunta complicada
SAÍ PARA UMA CORRIDA em um domingo à tarde perto de um grande rio. Estava perdido em devaneios tropicais. Minha família e eu nos encontrávamos no início de nosso período de um ano fora dos Estados Unidos. Havíamos escolhido o Brasil para morar, especificamente a cidade de Penedo, no Estados de Alagoas, nordeste do país. Ao nos mudarmos para lá, tínhamos esperanças de deixar para trás o estilo de vida norte-americano, sempre cheio de tarefas e compromissos, e mergulhar no lento ritmo desse povoado de 30 mil pessoas. O rio São Francisco, gracioso e impressionante, era uma das razões que nos trouxe até aqui e, em duas semanas, Penedo já fazia jus à promessa de tranquilidade.
No entanto, tudo estava prestes a mudar. “Píter!”, gritou um homem, enquanto eu corria de volta para a cidade, cruzando a praça que fica em frente ao rio.
O moço correu até mim com os braços levantados. Era Darlan, um jovem que limpava mesas e abria cocos na Churrascaria do Gordo, em frente ao rio, onde eu assistia aos jogos da Copa do mundo.
“É seu filho!”, disse Darlan com pressa, retomando o fôlego. Eu sabia português só o suficiente para entendê-lo.
“É seu filho. Ele caiu e bateu a cabeça.Você precisa ir ao hotel imediatamente.”
Minha esposa, Amy, minha filha Molly, de 16 anos, Skyler, meu filho de 12 anos, e eu estávamos hospedados nos quartos do terceiro andar da Pousada Colonial enquanto procurávamos uma casa para alugar. Comecei a andar em direção à pousada, do outro lado da praça, pensando que Darlan havia exagerado no drama para enfatizar sua prestatividade.
“Corra!”, gritou ele. “Corra!” Eu corri, agora preocupado. Quando cheguei à pousada – uma bela casa colonial restaurada ao lado de uma capela barroca –, um táxi já me aguardava. Subi correndo a escada de madeira até nossos quartos. Amy estava em pânico. “Pegue os passaportes! Pegue os cartões de crédito! Pegue tudo que precisar para passar a noite fora!”, disse. “Skyler estava mostrando a um amigo como fazer uma cambalhota no ar saltando de uma parede de pedra e bateu a cabeça. Ele ainda está consciente, mas o corte é enorme. Ele está no pronto-socorro, e os médicos estão prestes a mandá-lo de ambulância a um centro de traumatologia a 80 quilômetros daqui. O doutor disse que foi profundo!” Agora, enquanto as palmeiras balançavam suavemente, a calma que tínhamos vindo buscar desaparecera. Comecei a enfiar as coisas nas malas.
“ACHO QUE DEVERÍAMOS tentar morar fora de tempos em tempos”, disse Amy no começo de nosso casamento. “Eu quero que meus filhos passem pela mesma experiência que tive.” Por crescer com um pai que era correspondente internacional e uma mãe especialista em estudos asiáticos, Amy passou períodos de dois anos em Bangcoc, na Tailândia, em Manila, nas Filipinas, e no Cairo, no Egito. Mais tarde, seu pai, Rags, passou a dar aulas de jornalismo na Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos. Durante meu tempo na faculdade, acabei tendo aulas de jornalismo com ele. Ao saber de nossa paixão mútua por viagens, ele me apresentou para Amy. Em poucos anos, estávamos em uma lua-de-mel nos planaltos tibetanos. Depois de nos casarmos, os horários da Amy como professora universitária de dança moderna e o meu, como escritor especializado em aventura, nos davam certa flexibilidade. As pessoas nos avisavam que perderíamos essa liberdade quando tivéssemos filhos. Amy pensava diferente. “Vamos começar a viajar cedo com eles”, ela me disse. “Eles vão se acostumar.”
Quando Molly tinha 2 anos, passamos um verão em Bali, na Indonésia, e fizemos caminhadas nas terras alta da Papua-Nova Guiné, acompanhados de Rags, que tinha então 85 anos. Foi uma época maravilhosa, com nossa filha Molly em nossos ombros, procurando novos “amigos” enquanto cruzávamos arrozais ouvindo os sinos de templos e passando por praias douradas. Descobrimos que uma criança pequena abria portas anteriormente fechadas para nós, especialmente em uma cultura tão apaixonada por crianças como a da Indonésia. Os balineses viviam tirando Molly de nossos braços para brincar com ela e apresentá-la a seus filhos. Amy concluiu que o mundo seria um lugar muito melhor – ou mais simpático, pelo menos – se tivesse entre seus 6 bilhões de habitantes menos xenófobos e mais “crianças do mundo”. Isso se tornou a missão dela. Um ano depois, Amy conseguiu um período sabático. Passamos parte dele em Cádiz, um antigo porto na região espanhola da Andaluzia, onde moramos por cinco meses. Amy deu aulas de dança moderna e teve aulas de flamenco enquanto Molly, com 3 anos, ia à pré-escola espanhola e nós carregávamos Skyler, ainda bebê, pelas ruas históricas. Descobrimos que cinco meses em Cádiz não eram suficientes. Molly tinha adquirido um lindo sotaque andaluz no ‘s’, feito amigos espanhóis e ampliava seu vocabulário diariamente quando, de repente, já era hora de partir. Juramos que, da próxima vez que fôssemos para o exterior, ficaríamos mais tempo. Seis anos depois, Amy conseguiu outro ano sabático. Sentamo-nos em um restaurante durante nosso costumeiro jantar às quintas-feiras, com um Atlas aberto, e passamos pelas páginas. Continuávamos voltando para o mapa colorido da África. “Moçambique é um país bacana”, comentei, pois já havia estado lá em uma expedição de caiaque. “Além disso, tem uma economia de terceiro mundo bem destruída. Deve ser barato, pelo menos.” Eu estava fazendo piada. Daria para sobreviver com quase nada em Moçambique se você vivesse em uma cabana de pau-a-pique e carregasse lenha na cabeça. Mas, depois de séculos de colonialismo português e anos de guerra civil, o país tinha pouquíssima infraestrutura de classe média – e isso significava que, se você quisesse viver em um estilo ocidental, teria que pagar preços de um diplomata internacional. Pensamos em uma cidade moçambicana remota e pequena, que tivesse uma cultura mais “local” e que fosse mais barata. Mas achamos que seria muito duro para as crianças naquela idade, com a Molly entrando no quinto ano e Skyler no primeiro, frequentar uma escola somente em português. “Eu quero que eles gostem da experiência”, disse Amy. “Quero que eles se apaixonem.” E se apaixonaram mesmo. Moramos em Maputo, a charmosa e detonada capital com vista para o oceano Índico, em uma casa de sete quartos com quatro empregados, incluindo dois guardas em período integral (refinanciamos nossa casa nos EUA por fax para pagar o aluguel nesse bairro diplomático). As crianças estudavam em uma escola internacional para quem fala inglês, localizada em um prédio cor-de-rosa, com uma piscina rodeada por flores e uma turma bem receptiva de estudantes. O impressionante grupo de colegas de Molly e Skyler, muitos dos quais filhos de diretores ONGs e de funcionários de embaixadas estrangeiras, vinha de todas as partes do mundo. Muitas das crianças já falavam mais línguas do que eu esperaria aprender na vida inteira. Mikas, amiguinho de Skyler, era fluente em dinamarquês, lituano, inglês e estava aprendendo português até que seu professor do primeiro ano disse que o menino já falava línguas demais por enquanto. “Mãe!”, chamou Skyler um dia depois da aula, alarmado.“Por que eu só falo uma língua?” Morar em Moçambique deu aos nossos filhos – e a nós – um profundo senso de privilégio. Nosso portal para o mundo moçambicano de ruas de terra, telhados de sapé e baldes d’água na cabeça eram nossos empregados. Antes de partir, compramos um terreno e construímos uma casa bem robusta para nossa cozinheira, Sarah, de 56 anos, e distribuímos os móveis que tínhamos comprado para as famílias dos empregados, de camas e cadeiras a panelas. Molly e Skyler doaram seus brinquedos. No aeroporto, com todos nós chorando e nos despedindo de Sarah e sua família, prometemos que viajaríamos de novo em cinco anos.
“ISTO SE PARECE com nosso lar?”, perguntei para Amy.
Estávamos em pé no convés de uma pequena balsa enquanto cruzávamos um rio. Já se passavam quase seis anos desde que havíamos deixado Moçambique, e Amy e eu estávamos em uma viagem de reconhecimento para nosso próximo ano fora do país. Ela olhava fixamente para a outra margem do rio, para o que parecia ser uma cidadezinha medieval no morro, com torres de catedral, palmeiras e praças de paralelepípedos.
“Este pode ser o lugar certo”, ela disse. Amy tinha acabado de se aposentar da universidade para tocar sua própria companhia de dança, e Rags falecera aos 97 anos. Amy decidiu usar sua pequena herança para custear um ano no exterior, então nos focamos na América do Sul, para onde nunca havíamos viajado. O Brasil venceu por unanimidade – pela diversidade, música, dança e domínio no futebol. “Brasil!”, votou Skyler, então com 11 anos. “Eu quero ser um ótimo jogador de futebol.” Tínhamos como escolhas (a) uma grande cidade e uma escola internacional; (b) uma cidadezinha e uma escola local em português; ou (c) uma vila remota na Amazônia e estudo em casa. Para nossa surpresa, tanto Molly quanto Skyler votaram na cidadezinha com escola local. “Queremos aprender português”, disseram, lembrando-se dos colegas poliglotas em Moçambique. Topamos na hora, mas avisamos aos dois que poderia ser difícil. Amigos que conheciam bem o Brasil recomendaram que déssemos uma olhada na região Nordeste, culturalmente rica, mas economicamente pobre. Durante nossa viagem de reconhecimento de dez dias em um carro alugado, Amy ficou intrigada com a música, dança e capoeira. Eu, pela geografia. O mapa mostrava os 2.880 quilômetros do rio São Francisco entrando no interior árido de montanhas, desfiladeiros e planícies, enquanto, a 40 quilômetros de Penedo, o grande rio desaguava no Atlântico Sul, entre centenas de quilômetros de praias tropicais desertas. A cidade, imaginamos, tinha um bom tamanho para as crianças – não tão grande para ser potencialmente perigosa e não tão pequena para ser claustrofóbica. Seria Penedo, então. Desligamo-nos dos Estados Unidos, cancelando débitos automáticos de água, luz, etc. Informamos às operadoras de cartão de crédito que as despesas viriam do Brasil (mesmo assim, bloquearam nossa primeira compra e bloquearam o cartão novamente seis meses depois). Tomamos uma série de vacinas e conseguimos inquilinos dispostos a cuidar dos nossos bichos enquanto estivéssemos fora. Esvaziamos as gavetas, enfiamos as roupas em sacos de lixo, marcamos os pacotes com fita crepe e jogamos tudo escada abaixo no porão. Escondemos a prataria da família e os talões de cheques. Pesquisamos a sempre problemática questão dos vistos. Nesses anos no exterior, não fomos patrocinados por nenhuma instituição e acabamos ficando mais tempo do que permitiam nossos vistos de turistas normais. No fim das contas, conhecemos um simpático rapaz no escritório regional da Polícia Federal e descobrimos que, pagando uma pequena multa diária até um total de US$ 500, poderíamos extrapolar nossos vistos de turistas de seis meses. Isso era mais barato do que deixar o país para renová-los nos Estados Unidos. Por fim, estabelecemos rígidas regras de bagagem para um ano no exterior: uma mala grande por pessoa, mais uma bolsa de mão. A vantagem de se viver a dez graus ao sul do Equador é que você não precisa levar muita roupa.
ÉRAMOS OS ÚNICOS GRINGOS em Penedo, e bem fáceis de ser identificados, especialmente depois do socorro espetacular à Skyler. Uma ambulância correu com ele em uma maca, com a Amy e uma enfermeira a seu lado tentando mantê-lo acordado, do pequeno pronto-socorro até uma estrada esburacada de duas pistas entre canaviais. Molly e eu seguimos meia hora depois em um táxi. Só que, naquela tarde de domingo, acontecia a final da Copa do Mundo na África do Sul, e as televisões do centro de traumatologia passavam o jogo. Noite adentro moribundos – aparentemente feridos por facadas, tiros e acidentes de carro – chegavam em macas ensangüentadas e eram colocadas ao lado do Skyler. Deitado ali, quieto, com 19 pontos na cabeça, meu filho me explicou que tinha conseguido dar dois mortais de costas com sucesso e que cortara a cabeça ao tentar um salto lateral mais difícil. Amy estava ao seu lado e aguardava ansiosamente o resultado da tomografia. Enfim chegou a resposta. “Negativo. Tudo está normal.” Os olhos da Amy se encheram de lágrimas de alívio. A enfermeira-chefe foi até ela e a abraçou. Aquele momento foi emblemático do nosso ano no Brasil: difícil, mas receptivo. Nada familiar, mas caloroso. Emocionalmente exaustivo, mas muito recompensador. Encontramos uma casa apertada de três cômodos no topo de um morro, cuja porta dianteira dava para uma pequena praça e a janela de trás tinha uma vista incrível do rio. Cada um de nós encarou a experiência a sua própria maneira, uns mais facilmente do que os outros. O ano de Skyler começou mal, com o passeio de ambulância, e continuou a piorar em seu primeiro dia na escola, no sétimo ano brasileiro. Ele era apenas um garoto de 12 anos, muito inseguro, loiro e de olhos azuis, escondendo sua cicatriz de Frankenstein debaixo do boné. A princípio, sem saber nada de português, Skyler não tinha ideia se os outros garotos estavam rindo dele ou fazendo amizade. No Brasil, é mais provável que fosse um pouco dos dois. Ele acabou detestando ter de ficar sentado durante quatro horas por dia em uma sala de aula barulhenta e azulejada, embora sua escola católica, o Colégio Imaculada Conceição, estivesse a apenas 100 metros de casa. “Eu detesto essa coisa de ficar viajando”, anunciou, com raiva, depois de uns três meses. “Eu nunca mais vou sair do nosso país de novo.” Eu também tive dificuldades. Um projeto de trabalho que eu havia planejado para o Brasil não deu certo, e me peguei literalmente preso rio acima sem nada para fazer. Em alguns dias, tudo que me restava era me arrastar para fora da cama para ajudar a Amy a arrastar o Skyler para fora da cama para chegar à escola às sete da manhã. Mas gostei do remanso em que viemos parar. Acabei encontrando meu lugar em Penedo no campo de futebol. Jovens de uns 20 anos, a maioria desempregados nessa região carente, jogavam descalços todas as tardes no pasto ali perto e me receberam bem nas partidas (isso não quer dizer que me escolhiam para o time deles). Acabei me juntando a uma equipe como um tipo de mascote lento e mais velho que jogava no segundo tempo dos jogos dos reservas, comprava cerveja, reconstruía as traves quebradas e ajudava a pagar a fiança de jogadores presos. “Eu tenho o único time internacional de Penedo”, vangloriava-se nosso dono, digo, técnico, Lu, o cara dos gritos e dos dentes faltando, cujo trabalho diurno era lavar carros na chegada da balsa com um balde e uma esponja. Amy encontrou sua turma em uma roda local: um grupo de capoeiristas. Skyler e Molly logo se juntaram à roda também. Depois de anos como uma mãe trabalhadora e agitada, Amy abraçou o ritmo lento de Penedo e a oportunidade de simplesmente sentar no banco na janela de trás, comprar frutas e verduras das suas vendedoras favoritas no mercado e andar de canoa motorizada até a vila de ceramistas do outro lado do rio. Molly, muito social, fez 16 anos quando chegamos a Penedo e estava se dando bem, apesar da língua e dos costumes adolescentes estranhos de seu novo lar. “Pelos primeiros dez minutos, achei que estávamos estudando história”, disse ela, rindo, depois do primeiro dia no colégio. “Até que alguém me mostrou o livro de física.” Ela conquistou dúzias de amigos na escola e logo passou a conversar facilmente com todos, fazendo a lição de casa de física em português, dando aulas de dança moderna para garotas adolescentes no orfanato de Penedo e entrevistando capoeiristas para um projeto do colegial nos EUA. Eu invejava Molly por sua boa reputação local em futsal, conquistada na final feminina dos jogos de primavera de Penedo e assistida por metade da cidade – em que ela chutou de esquerda do meio do campo e fez um gol para o Colégio Imaculada que tremeu as traves naquela noite tropical. Os rapazes de Penedo falaram daquilo comigo por dias depois. “Que bomba!” Foi essa linguagem do futebol, da dança e da capoeira que nos ajudou a gostar tanto dos brasileiros, sempre tão físicos e brincalhões.
QUANDO CHEGARAM as férias do fim do ano, nós quatro já estávamos adaptados à vida na pequena cidade de Alagoas. Até o rebelado Skyler fez grandes avanços na língua portuguesa. Percebi isso um dia, quando uma mulher gritou em português, depois de ele tropeçar ao pular sobre um vaso em uma calçada lotada na cidade de Salvador. Ele teve que traduzir a bronca dela para mim porque eu mesmo não consegui entender. “Rapaz!”, disse eu, orgulhoso. “Não acredito que você entendeu o que aquela mulher gritou! A gramática era complicada!” É exatamente isto – superar os desafios de se viver no exterior – que abre o caminho para algumas recompensas mais profundas. Em qualquer relacionamento, para se conectar em um nível mais humano, você deve abrir mão da armadura emocional e das arrogâncias culturais, sem medo de ficar vulnerável. Nessa pequena cidade do Nordeste brasileiro, não tínhamos ideia do que estávamos fazendo, e todos sabiam disso – o que nos deixou vulneráveis não apenas para que se aproveitassem de nós, mas também, e muito mais frequentemente, para atos de incrível gentileza e carinho de brasileiros que mal nos conheciam e que, às vezes, estavam em situações piores do que a gente. Transcendendo culturas e línguas, essas conexões humanas sempre permanecerão conosco. Foi assim que nossos filhos aprenderam o que era empatia com outras pessoas. Quando deixamos Penedo no fim do ano, dúzias de pessoas apareceram na praça para se despedirem. A maioria delas estava chorando, assim como nós. Até o meu técnico, o Lu.
“Quando você voltam?”, perguntavam todos. “Em 2014,” respondi. Em dois anos, o Brasil receberá a Copa do Mundo de futebol. Será uma grande festa. E estaremos lá.
(Reportagem publicada originalmente na Go Outside de setembro de 2012)
BRASILEIRINHO: Skyler, filho de Peter Stark, amou
as iguarias verde-amarelas quando viveu por aqui
AQUARELA DO BRASIL: Cenas do período em que a família Stark viveu no Nordeste
PRA FRENTE, BRASIL: O galego Skyler mostrando todo seu talento futebolístico
TURISTINHA: Molly, filha do autor desta reportagem, com
seu novo amigo da Papua-Nova Guiné