Lance se afasta da Livestrong


NA MIRA: Lance perdeu patrocínio da Nike (FOTO: Mike Hutchings)

Pelo visto a novela sobre o “doping no ciclismo”, e que no momento conta com o ex-heptacampeão do Tour de France, Lance Armstrong, no papel principal do vilão, ainda terá muitos capítulos. Hoje (17/10), o ciclista deixou oficialmente a presidência da Lance Armstrong Foundation (LAF), a instituição não-governamental mais conhecida como Livestrong, criada por ele em 1997 para apoiar pesquisas da cura do câncer e sob seu comando nos últimos cinco anos.

Segundo Lance, a decisão seria uma maneira de a organização continuar com seu trabalho sem sofrer com os ruídos da acusação de doping que ele vem sofrendo da USADA, a agência norte-americana antidoping. O anúncio veio um pouco antes de a Nike, sua patrocinadora de longa data, romper o contrato com ele.

“Pelas evidências irreversíveis de que Lance Armstrong participou de um esquema de doping e enganou a Nike por mais de uma década, foi com tristeza que tivemos que romper nosso vínculo com ele”, afirmou a marca através de um comunicado.

A Nike já manteve o patrocínio de seus maiores atletas, como o golfista Tiger Woods e o jogador de basquete Kobe Bryant, mesmo quando eles enfrentaram acusações de cunho pessoal. Mas agiu diferente com o maior nome do ciclismo mundial. “A Nike não tolera o uso de substâncias ilegais para ganho de performance de nenhuma maneira.”

Mesmo com a decisão, a marca pretende continuar apoiando as iniciativas da LAF no combate ao câncer.

Paralelamente a esses fatos, um possível envolvimento da Nike no esquema de doping no ciclismo foi levantado pelo jornal norte-americano Daily News. A publicação revelou que Kathy LeMond – esposa do ciclista Greg LeMond, primeiro norte-americano a vencer um Tour de France – disse em 2006 que a Nike teria pago US$ 500 mil ao então presidente da União Ciclística Internacional, Hein Verbruggen, que ficou no cargo entre 1991 e 2005, para encobrir um teste positivo de Lance.