Você não é o Bradley Wiggins


À VONTS: Grant Petersen pedalando como um moleque (FOTO: Flickr
)

“Apenas pedale”. Essa é a mensagem principal que o norte-americano Grant Petersen quer transmitir através de seu livro Just Ride (US$ 14; amazon.com), lançado este ano.

Em 212 páginas (com várias ilustrações), Grant mostra como o ciclismo profissional vem influenciando uma massa de praticantes de fim de semana, que cada vez mais estão dispostos a se vestirem como um campeão olímpico de contrarrelógio para girar seus 50 quilômetros aos sábados e domingos.

“Meu objetivo com este livro é apontar o que eu vejo como má influência das corridas de bicicletas, como equipamentos e atitudes, e depois desfazê-la." Para Grant, um dos comportamentos que aflige o mundo do ciclismo são atletas amadores fingindo – ou sendo intimidados em fingir – que são profissionais. “A solução”, diz ele, “é imitar as crianças e as pessoas que utilizam a bicicleta apenas para se divertir. Andar de bicicleta é mais como um jogo de basquete do que um mergulho”, compara.

Grant tem moral para falar. Ele, que competiu seriamente por seis anos, pedala diariamente há mais de quatro décadas. Quando se aposentou das estradas, foi trabalhar como designer de bicicletas na extinta marca japonesa Bridgestone. Em seguida, abriu sua própria fábrica, a Rivendell, na Califórnia.

Em alguns pontos, Grant chega a ser polêmico. Ele deixa claro suas preferências, como usar capacete somente à noite, e é cético quanto ao uso da sapatilha. Bicicletas de fibra de carbono? “São frágeis demais e têm pneus que deixam o ciclismo quase impraticável”, diz. Para ele, a menos que você esteja tentando baixar em milésimos de segundo algum recorde mundial, uma camiseta de algodão e um shorts largo caem melhor do que roupas sintéticas apertadas. É um ponto de visto no mínimo interessante. Veja no book trailer a seguir: