O diretor-executivo do Greenpeace, Kumi Naidoo, estava entre os militantes. “Esse protesto pacífico visa evitar um eventual desastre ecológico”, disse Kumi. “Nossas ações são contra os planos perigosos, e não contra trabalhadores que, como nós, são reféns da indústria do petróleo.”
Pelo visto, a Gazprom não pretende abandonar o projeto de extrair petróleo na região, que é considerada uma da mais importantes para a preservação do clima no planeta e, ao mesmo tempo, uma das mais frágeis e vulneráveis. Segundo especialistas do Greenpeace, as condições climáticas do Ártico dificultariam muito a operação para reverter um possível derramamento de petróleo, por exemplo.
Em julho, a mesma ONG já havia lançado uma ação em defesa do Ártico, chamando atenção para a necessidade de se criar de uma reserva global no Polo Norte. Com isso, o Círculo Ártico estaria protegido da extração do petróleo, da pesca e de guerras. A iniciativa foi apoiada inclusive por povos locais do extremo norte da Terra.
CAUSA NOBRE: Ativistas se aproximam do navio da Gazprom (FOTO: greenpeace.org)
Ontem (dia 27/08), ativistas do Greenpeace se acorrentaram em um navio que transportava trabalhadores e suprimentos para a base flutuante de petróleo Prirazlômia, para protestar contra os planos da empresa russa de energia, Gazprom, de explorar a plataforma continental do oceano Ártico.
No protesto no mar, no entanto, os dois botes infláveis do Greenpeace foram esguichados violentamente pelas gigantes mangueiras dos navios. Alguns ativistas caíram no mar gélido e tiveram hipotermia. Veja mais no vídeo abaixo, feito pelos militantes do Greenpeace.