Não tem milagre


ÓLEO DE COCO: Consuma com moderação

O óleo de coco foi uma das opções indicadas pela minha nutricionista, que preparou uma dieta específica para minha atual fase de treinamento. O que acontece é que, somente antes dos treinos aeróbicos e longos, tenho que ingerir certa quantidade de “gordura saudável”, geralmente no café da manhã. Isso significa que pode ser uma porção de castanhas do Pará, um pedaço de abacate ou então uma colher – das de sobremesa – de azeite ou de óleo de coco.

Optei pelo óleo de coco por causa do sabor agradável. No entanto, não faço uso dele como uma supernovidade que promete centenas de benefícios. Ele é apenas mais uma fonte de gordura saudável na minha dieta.

Também uso o óleo de coco para cozinhar, mas, nesse caso, tenho outras opções: há variações como o óleo de canola, o de girassol e o azeite extravirgem. Cada um confere um determinado sabor aos alimentos. Por exemplo, na salada, acho que o azeite cai melhor do que o óleo de coco. Já no café da manhã, o óleo de coco combina mais com frutas e granola do que o azeite.

Mas o sucesso que o óleo de coco tem feito nestes últimos tempos é inegável. Até a mulher que trabalha em casa viu o vidro em cima da mesa e me perguntou onde eu tinha comprado. Claro que ela tinha assistido na televisão que faz bem para quem tem o colesterol alto. Mas o que adianta tomar óleo de coco — em quantidades certas — se normalmente você almoça pastel, coxinha e refrigerante?

Em minha opinião, não tem milagre: o óleo de coco é só mais um item da lista de saudáveis, bom para substituir o que não é saudável.

Adriana Nascimento foi nove vezes campeã brasileira de mountain bike. Já participou de várias provas de ultramaratona, como a Cape Epic e a Brasil Ride. É treinadora de sua própria assessoria esportiva, que leva seu nome. O site oficial da atleta é www.anmtb.com.br