A era dos superfrequencímetros já chegou: veja aqui alguns dos modelos mais top do mercado e corra atrás da sua melhor performance
Por Peter Vigneron
MOTOROLA MOTOACTV, R$ 1000
GARMIN FORERUNNER 910XT, R$ 1.500 (em média)
TIMEX IRONMAN RUN TRAINER GPS, US$ 275 >> Bate coração > Customize suas necessidades: Comece incluindo em sua rotina treinos feitos para seus objetivos específicos. Se você quer terminar um Ironman, encha sua agenda com treinamento aeróbico relativamente fácil (60% a 70% da sua frequência máxima), e com intensidade que aumente a endurance. Vai correr uma prova de 10K ou meia maratona? Então faça treinos para maximizar a eficiência (90% a 95%). E, se você vai regularmente para águas abertas ou trilhas no mato, um frequencímetro com função GPS pode ajudá-lo a manter um esforço consistente até mesmo quando o terreno for muito variado.
>Analise seu desempenho: Rastrear a frequência cardíaca é a forma ideal para monitorar o condicionamento físico ao longo do tempo. Se você estiver treinando duro e não melhorar a performance, verifique se sua frequência cardíaca está elevada pela manhã ou durante treinos fáceis – sinais clássicos de overtraining e um lembrete para diminuir o volume ou a intensidade. Para atletas que gostam de treinar forte, o monitor ajuda a evitar que se entre no limite do esforço físico em dias de recuperação, alertando quando sua frequência cardíaca estiver muito alta. >> Melhore sem sair do chão WATTBIKE PRO, US$ 2.995; wattbike.com >> Uma mentirinha não dói >> Aminoácido do bem (Reportagem publicada originalmente na Go Outside de fevereiro de 2012)
Indicado para: obcecados por tecnologia
Numa comparação informal, o Motoactv está para o mercado de monitores cardíacos de pulso como o iPhone para o setor de telefonia celular. Muito exagero nosso? Então considere as funções desse frequencímetro high tech, recém-lançado no Brasil: MP3 player compatível com iTunes, GPS em tempo real e opção de auto-sincronização que começa a gravar seu treino assim que você entra na área de alcance da rede sem fio do Motoactv. A tela touchscreen é rápida e fácil de ser usada, e todos os dados – mapa da rota, ritmo, tempo, desnível e frequência cardíaca – piscam discretamente no seu pulso. Além disso, os fones de ouvido sem fio (vendidos separadamente) têm ótimo som e usam um sensor embutido para acompanhar sua frequência cardíaca por meio dos vasos sanguíneos da orelha, eliminando a necessidade de fita torácica. O relógio é à prova d’água, mas o suporte que conecta o equipamento à pulseira e à bike não é tão sólido quanto gostaríamos. Mesmo assim, uma tarde com o Motoactv faz aquele frequencímetro que você comprou por R$ 300 no ano passado parecer que veio diretamente de 1985. motoactv.com
Indicado para: triatletas
O 910XT não vai ganhar nenhum prêmio de design, mas sua habilidade de alternar entre as modalidades de corrida, bike e natação com apenas o apertar de um botão torna esse modelo ideal para quem leva o triatlo a sério. O 910XT também é um produto ótimo para monitorar a natação: acompanha as braçadas e consegue calcular a pontuação “swolf” – medida do número de braçadas e do tempo que se leva para cobrir uma determinada distância. O equipamento tem um preço salgado, mas seu software é de simples sincronização, e o display grande torna a análise dos dados tão fácil quanto numa tela de computador. Além disso, o 910XT é compatível com praticamente todos os sensores ANT+. garmin.com/br
Indicado para: corredores dedicadíssimos
O Timex Run Trainer é provavelmente o melhor frequencímetro hoje disponível para corredores com orçamento limitado. Você pode criar seus próprios treinos intervalados, e um sensor de movimento faz pausar automaticamente as funções de gravação – enquanto você espera para atravessar a rua, por exemplo –, para que os pit stops não estraguem os resultados. Quando volta para casa, o Timex sincroniza com o excelente programa online Training Peaks. E, ao contrário da maioria dos relógios GPS, o Run Trainer tem estilo e discrição necessários para o uso diário. timex.com
Treinar com um monitor cardíaco pode ser difícil no começo, mas é a melhor forma de tirar o máximo dos treinos
Dê um gás em seu treinamento indoor com esta máquina de spinning
1. Computador: Monitora em tempo real 36 parâmetros – como ritmo, velocidade, frequência cardíaca e potência por rotação. Você também pode incluir nele programas customizados ou competições em pistas contra atletas reais ou desempenhos anteriores. Mede também a energia gerada comparando seus dados com uma lista de profissionais de primeira linha.
2. Rolo: Resistência magnética e do ar permitem calibragem perfeita da carga de trabalho.
3. Transmissão: Corrente de aço e correia reforçada de kevlar captam dados como a eficiência da pedalada e a energia máxima, que depois são transferidos para o computador a uma velocidade de cem medições por segundo.
4. Pedais: Vêm com um lado compatível com SPD e outro com Look. Podem ser substituídos por seus próprios pedais.
5. Selim: A bike vem equipada com um selim recreacional clássico, mas pode receber um banco de competição de perfil baixo.
Uma forma de os treinadores ajudarem seus atletas a ir mais rápido é… mentir. Pesquisadores da Universidade de Northumbria, na Inglaterra, colocaram ciclistas sérios para correr contra um rival computadorizado, dizendo-lhes que a máquina estava alcançando o melhor tempo deles. Na verdade, o “avatar” estava indo apenas um pouco mais rápido, mas ainda assim os ciclistas deram tudo de si para alcançá-lo. Como? Os cientistas especulam que a mentira ajudou os atletas a acessarem uma “reserva metabólica”, oferecendo melhoras de desempenho de 1% a 2%. “Outro grupo de participantes que realizou os mesmos treinos, mas não foi informado do oponente computadorizado, não alcançou o mesmo desempenho do avatar”, diz Kevin Thompson, chefe das ciências do exercício de Northumbria. Treinadores podem produzir resultados semelhantes, dando aos atletas “tempos sutilmente imprecisos”. Mas, alerta Kevin, “existem questões éticas envolvidas nesse tipo de mentira”.
Outro estudo recente apontou os benefícios de um aminoácido chamado leucina para a saúde dos atletas. Escaladores no acampamento base do Everest comeram diariamente uma barra energética com adição de leucina – encontrado em alimentos proteicos como peixe e frango e também em suplementos de whey protein. Os montanhistas foram muito mais eficientes na conversão de gordura em energia, diminuindo a quantidade de massa muscular metabolizada para usar como combustível (problema importante em altitude). Isso vem ajudar as pesquisas que mostram que a leucina aumenta a síntese de proteínas (e assim o ganho de massa muscular) e contribui para a perda de peso em dietas de baixa caloria. O lado bom dessa história: as vitaminas de whey protein lançadas nos últimos tempos têm se mostrado bem mais apetitosas.