Por Yuri Vasconcelos
O que iremos comer quando o planeta não produzir mais comida suficiente para todos?
Este dramático cenário, que todo mundo quer evitar, foi levado à telona na ficção científica Soylent Green, lançada em 1973 e que chegou ao Brasil com o título No mundo de 2020. No filme, o planeta sofre um colapso de alimento, e os mais pobres comem apenas pastilhas verdes feitas de algas. Só os mais ricos desfrutam de carnes, legumes, frutas e cereais. Atualmente muita gente já passa fome, mas isso está associado à pobreza – e não à crise de alimentos. No futuro, no entanto, esse quadro pode mudar. Com o aumento da população e as alterações climáticas, é provável que mais cedo ou mais tarde falte comida para a humanidade. Uma das alternativas, proposta pelo consultor Arnold van Huis, da Organização para Alimentação e Agricultura (FAO) das Nações Unidas, é que passemos a comer insetos. Além de serem fáceis de criar, esses animais são ricos em proteínas e emitem quantidades ínfimas de CO2 e metano, gases associados ao aquecimento global. Larvas, besouros e gafanhotos já fazem parte do cardápio dos chineses. Talvez esteja na hora de o resto do mundo se acostumar com a ideia de incluí-los na dieta.