Praticamente chegamos ao fim da temporadade competições, e com o verão se aproximando a maioria dos atletas profissionais ou amadores diminui o ritmo de treinamento e busca alternativas para manter a forma e, ao mesmo tempo, conseguir descanso físico e psicológico, que é o objetivo dessa fase de transição entre as temporadas.
Cumpri minha "missão esportivana" na ultramaratona Brasil Ride, que além dos sete dias de competição exigiu meses de treinamento focado, concentração, estratégia e outros componentes que nos consomem para alcançar um objetivo. Meu corpo pedia descanso, mas a danada da cabeça não fica em paz sem um desafio, então resolvi participar do Ema Mix, em São Paulo. Foi um evento muito especial, uma reunião de amigos das provas de aventura para celebrar a superação do organizador considerado pai da aventura no Brasil, Alexandre Freitas, que tem uma história de luta pela vida de arrepiar!
O Ema Mix foi uma competição em dupla com percurso de15 quilômetros de corrida rústica e na sequência 25 quilômetros de mountain bike. Deixei a bike de lado por alguns dias e comecei a treinar corrida, para ver se meus “pés redondos” conseguiriam me levar ao final dos 15 quilômetros com dignidade. Meu parceiro foi o treinador de corrida e atleta de aventura João Bellini, que em duas semanas me ajudou muito com dicas de técnicas e de intensidade adequada para não me machucar. Por fim, lá estava eu novamente concentrada em um objetivo, mas de forma descontraída — até o momento da largada. Aí o instinto ariano falou mais alto, impondo-me um ritmo que eu não sabia se conseguiria manter, mas com o João ao lado me orientando acabamos como "fator surpresa", vencendo a Ema Mix em um emocionante sprint final! Tudo muito bacana, mas no dia seguinte, ao primeiro movimento de me virar na cama, já senti o resultado da competição no período em que deveria descansar: muita dor nas pernas, que demorou pelo menos cinco dias para melhorar. Portanto cuidado com a cabeça e os objetivos na fase de transição, em que a corrida pode ser uma ótima atividade para quem pedala, desde que a pessoa não tenha nenhum problema que possa ser agravado, como lesões articulares. Natação é muito bem-vinda, ainda mais no calor que se aproxima, assim como caminhadas em trilha no final de semana e canoagem.
Também não precisamos ficar totalmente longe da bike, e uma cicloviagem pode ser muito interessante. Existem roteiros demarcados e com estrutura de hotel e informações, como o Para completar a lista de atividades na fase de transição, recomendo dançar. É ótimo para desenvolver coordenação, envolve música, ritmo, convívio social. No meu caso, tem sido um bom desafio e uma forma de me manter longe dos rompantes competitivos na hora errada. Se você não sabe dançar nada e não quer se matricular em uma escola de dança por um curto período, há locais especializados em determinados ritmos que oferecem aulas antes de abrir as portas para a balada.
Descanso não é sinônimo de ficar parado! Aproveite a fase de transição para fazer coisas diferentes e divertidas!
Dica de lugares para aprender a dançar em São Paulo: >> Palladino : oferece cursos rápidos de ritmos variados. Adriana Nascimento foi nove vezes campeã brasileira de mountain bike. Já participou de várias provas de ultramaratona, como a Cape Epic e a Claro Brasil Ride. É treinadora de sua própria assessoria esportiva, que leva seu nome. Seu site oficial é www.anmtb.com.br
PARA RELAXAR: Turistas em um dos percursos do Caminho da Fé
>> Buena Vista Club: ritmos variados e ponto de encontro de alunos e professores de dança de salão
>> Remelexo Brasil: especializada em forró, com aulas gratuitas em determinados horários para quem não sabe nada.
>> The Clock: rock dos anos 50
>> Tom Jazz, aos domingos
>> Canto da Ema: casa de forró das mais animadas de São Paulo.
>> Bourbon Street: jazz e blues, mas aos domingos oferece muita salsa.