As folhas do outono estão se acumulando na trilha em que faço caminhadas perto de casa. No meu armário, junto com um monte de casacos, a temporada está trazendo uma nova categoria de jaquetas conhecida como softshell. Tratam-se de casacos feitos com uma camada interna de fleece e uma externa de corta-vento.
Tecidos elásticos, bastante transpiráveis, e uma sensação confortável de maciez (daí o “soft”) definem o gênero das jaquetas softshell, que está recebendo muita atenção do mundo das atividades outdoor ultimamente. Novos tecidos a prova d’água ampliaram o quando e o onde as jaquetas softshell podem ser usadas, includino passeios no outono do Hemisfério Norte, quando normalmente seria necessária uma boa jaqueta para chuva.
Buracos para os dedões em cada manga da Centrifuge permitem que você as prenda nas mãos, eliminando a necessidade de luvas em dias mais frios. Um capuz bem apertado protege a cabeça como uma máscara ninja, e se você fechar o zíper até acima do queixo, a Centrifuge tem um painelzinho na gola que permite que você respire numa boa.
A lã por dentro dessa jaqueta oferece calor e controle de temperatura quando se está suado. Do lado de fora, para garantir a ”transpirabilidade”, a jaqueta Cristallo é intencionalmente menos que 100% a prova d’água, mas vai te manter seco numa garoa ou na neve. A Triple Aught Design se baseia em uma estética militar, e essa jaqueta negra e sem etiquetas tem um visual minimalista cool. Náilon resistente a abrasões e reforços de cotovelo que resistem a arranhões ou rasgos ajudam a tornar a Stealth LT a jaqueta softshell mais durável que já vi.
Como uma jaqueta estilo “low-profile”, a Key Three é quente o suficiente para suportar temperaturas abaixo de zero. Por trás do tecido discreto da jaqueta, há um forro interno de tecido Omni-Heat, uma matriz prateada de pequenos pontinhos de tecido metalizado que refletem de volta o calor corporal para aumentar a temperatura no seu tronco, uma qualidade que aprecio mais do que qualquer coisa nos meses de inverno.
–Stephen Regenold é crítico de equipamentos outdoor e fundador e editor do site The Gear Junkie (www.gearjunkie.com).
Nesta temporada outono/inverno nos EUA, vou usar as softshells mais do que qualquer outro tipo de jaqueta. O modelo Centrifuge da Outdoor Research, por exemplo, é minha jaqueta leve preferida para atividades em tempos frescos, como corridas em trilhas. A jaqueta de US$ 150 é super-transpirável e se encaixa perfeitamente ao corpo, dando a sensação de uma camiseta – o lado da frente tem tecido menos fino para cortar o vento, mas nas costas (onde se sua mais) há um tecido fininho e permeável ao ar.
Para climas um pouco mais frios, um híbrido de softshell que eu gosto é a Cristallo da marca alemã Ortovox. A jaqueta, que custa US$ 349, parece uma jaqueta tipo shell de alpinista, mas vem com um tecido elástico de softshell combinado com um fino forro de lã merino.
Uma jaqueta softshell que uso no mato vem da Triple Aught Design, uma empresa de São Francisco. A Stealth LT é feita com um tecido a prova d’água da Schoeller que é elástico e transpirável, mas também resistente. Como a jaqueta da Ortovox, ela é bem cara, com um preço de US$ 325 nas lojas.
Finalmente há uma pechincha a US$ 160: a jaqueta Key Three da Columbia Sportswear tem um design simplificado e sem firulas – um bolso frontal quadrado no peito, bolsos com zíper para as mãos e nada de capuz. O tecido é a prova de vento e grosso – sua elasticidade e “transpirabilidade” são mínimas, mas a jaqueta da Columbia vem com zíperes nas axilas para ventilação. Fora que tem um ótimo caimento.