No Projeto Everest 2019, o alpinista Rodrigo Raineri pretende divulgar a escalada esportiva, que estará nos Jogos Olímpicos de 2020

Por Redação

O alpinista Rodrigo Raineri parte na próxima semana para encarar sua sexta escalada no Monte Everest. A expedição desta vez tem um propósito inédito: realizar um voo solo de parapente do topo até a base. Um feito jamais realizado e registrado por outros alpinistas.

Raineri é o único brasileiro a ter escalado como guia as sete mais altas montanhas dos sete continentes. Também fez parte da única dupla brasileira, junto com Vitor Negrete, a ter escalado a temida face sul do Acongágua – uma das escaladas mais difíceis do mundo.

Raineri no topo do Everest em 2013 – Arquivo Pessoal

O Projeto Everest 2019 terá início no dia 24 de março, quando ele embarca para o Nepal. Rodrigo também pretende aproveitar a oportunidade da expedição para divulgar e incentivar a prática da escalada esportiva como esporte olímpico. Para completar, Raineri celebra seus 50 anos de vida durante a expedição.

“Um dos objetivos do Projeto Everest 2019 é divulgar e incentivar a prática da escalada esportiva, que passa a ser oficialmente considerada um esporte olímpico nos Jogos de Tóquio em 2020. Além disso, sou adepto e praticante da modalidade Hike and Fly, e a realização do vôo solo inédito de parapente na montanha mais alta do mundo é algo que sempre sonhei em colocar em prática para superar novos limites e dificuldades”, conta o alpinista.

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A expedição será divida em 5 fases. A primeira delas é a chegada à cidade de Catmandu no Nepal, seguindo para a cidade de Pokara para a realização de vários vôos de treinamento de parapente. Na segunda fase, Raineri fará um trekking de aproximadamente dez dias até a base do Monte Everest.

A terceira fase do projeto engloba a etapa de aclimatação, quando o alpinista sobe e desce parte da montanha várias vezes para a adaptação do corpo à altitude e também uma etapa de descanso numa área mais baixa com menor altitude. Na quarta fase do projeto, que é a etapa de maior expectativa, o alpinista fará o ataque ao cume do Everest e o vôo solo inédito de parapente. E na quinta e última fase, Raineri encerra a expedição e retorna ao Brasil.

Experiente alpinista, Raineri já compartilhou uma pouco de suas experiências nos livros “No Teto do Mundo” e “Imagens do Teto do Mundo”.

O ‘currículo de montanhas’ de Raineri inclui: Aconcágua, na Argentina (6.962m); Denali, no Alasca (6.194m), Kilimanjaro, Tanzânia (5.895m); Maciço Vinson, na Antártica (4.892m), Carstenszl, na Oceania (4.884m) e Monte Elbrus (5.642m) na Rússia.