60 são os novos 25

SEM TEMPO RUIM: As trilhas de Durango (EUA) são o local preferido de Ned para rodar sua fat bike (Foto: David Lauridsen)

O “highlander” Ned Overend é o atual campeão norte-americano nas provas de fat bike, atropelando ciclistas que ainda usavam fraldas quando ele já batia às portas da terceira idade. JON BILLMAN analisa o curioso caso do cara que a cada ano que passa fica mais rápido

FAZ DOIS DIAS que Ned Overend completou 60 anos. Suas costas doem, e ele observa o capim que cresce na Suicide Six – uma das mais antigas áreas de esqui do leste dos Estados Unidos –, tentando descobrir como evitar um quadril quebrado. Ele empurra sua bike cinza de ciclocross morro acima, em uma inclinação de 30 graus, prestando atenção às raízes, terra solta, um sapo e a uma bela curva à esquerda que terá de encarar no dia seguinte em alta velocidade, durante o sprint final da prova Vermont Overland Adventure Ride. Com seus 1,73 metro e 63,5 quilos, Ned caminha com as pernas ligeiramente curvas, como um cowboy que tivesse montado um cavalo todos os dias pelas últimas seis décadas.

“Isto não é bom”, murmura.

LENDA NA ATIVA: O ciclista Ned Overend perto de sua casa em Durango, Colorado (Foto: Dave Lauridsen)
LENDA NA ATIVA: O ciclista Ned Overend perto de sua casa em Durango, no Colorado (Foto: Dave Lauridsen)

Ned está preocupado com as inúmeras descidas de cascalho solto ao longo dos 84 km da competição, que é basicamente uma prova de ciclocross (modalidade em percursos off road feita com uma bicicleta semelhante às de estrada) em trilhas meio abandonadas. Peter Vollers, diretor do evento, chama a prova de “corrida de cavalheiros”, e o prêmio consiste em uma camisa de bike que imita uma blusa de flanela xadrez – além do direito de se gabar como campeão da façanha. “Durante uma prova, você faz coisas idiotas”, diz Ned. Estamos em agosto de 2015. Ele não quer que uma lesão prejudique sua temporada de outono, o que estragaria sua performance nas competições de fat bike no inverno do Hemisfério Norte. Ele precisa defender o título de campeão norte-americano nesse esporte, realizado com modelos de pneus supergrossos para encarar neve e areia.

A dor nas costas piorou por causa do voo até Vermont vindo da Califórnia, onde Ned passa parte do ano trabalhando como embaixador da marca Specialized. Ele chegou três dias antes a fim de se ajustar ao fuso horário e dar uma olhada no percurso. Peter mal pode acreditar que Ned veio para sua prova, que tem apenas dois anos. Como anda acontecendo com grande parte das competições em “gravel” (ou cascalho) organizadas nos Estados Unidos, a Vermont Overland está vendo sua popularidade crescer – na área reservada aos carros, há placas de vários estados do país.

Peter também participa de provas de bike e, assim que cumprimenta Ned, convida-o para dar uma volta e conhecer outros ciclistas. Ned agradece, mas está ansioso para fazer o reconhecimento do percurso, tomar uma cerveja e cair na cama.

Na manhã seguinte, na linha de largada, os quase 500 atletas ajustam seus Garmins enquanto Peter dá alguns avisos. Quando ele anuncia a lista de títulos de Ned – vencedor do mundial de mountain bike de 1990, eleito para o Hall da Fama do mountain bike e primeiríssimo no campeonato norte-americano de fat bike de 2015 –, a galera vai ao delírio: “Caraca, a gente vai pedalar com o Ned Overend!”.

Mas não se engane: não se trata de uma apresentação, a competição ali é real. “Preciso fazer bem mais do que só bater papo ou apenas posar de atleta veterano”, diz Ned. E isso não é um retorno, afinal ele nunca parou. Muito menos estamos em um evento para a terceira idade. “Se eu pensar que ‘até que estou bem para um velho’, daí é que não vou conseguir chegar primeiro”, reflete. “Posso ficar na frente dos outros caras máster. Mas não é suficiente.”

O percurso da prova tem 1.800 metros de desnível, ziguezagueando por estradas asfaltadas, trilhas em pistas de esqui e “pavê” (paralelepípedo), que é como o pessoal de Vermont chama os trechos de pedras soltas e raízes levantadas. Ned fica no páreo quase o tempo todo, perseguindo um pelotão escapado com três outros ciclistas. Ele faz a descida final voando e termina em sexto lugar, oito minutos depois do vencedor Jesse Anthony. Ned esbanja sorrisos. Todo mundo quer apertar sua mão.

Mais tarde faço uma visitinha a seu quarto. As persianas estão fechadas, o laptop ligado e Ned com seus óculos de leitura. Há 25 anos que as pessoas lhe perguntam seu segredo. Como ele “trapaceia” o tempo, como o cara consegue vencer o inexorável relógio biológico? Finalmente vou descobrir as artimanhas de Ned, tipo umas extenuantes planilhas de treinamento ou um elixir da juventude que ele compra em um site ilegal. Em vez disso, o mountain biker mais treta do planeta me mostra o percurso da Overland mapeado no Strava, empolgado como uma criança compartilhando seu videogame favorito. Ele chegou a 78 km/h em uma das descidas. “É uma velocidade bem louca para uma estrada de terra”, diz. Em uma das subidas, ele ganhou a coroa do Strava de “rei da montanha” (o mais rápido naquele determinado segmento), além de vários mini-troféus dourados que o aplicativo de bike dá aos melhores colocados em certos percursos.

Ned fica olhando cada pequeno segmento da prova, em um total de 22 dentro do percurso total. O Strava é suas palavras cruzadas.

COMO PODE um cara que começou a pedalar quando as sapatilhas de mountain bike não passavam de botas de caminhada ainda ser uma ameaça aos rivais? Como é possível ele ainda ser um campeão na era do câmbio eletrônico? Em 1985, quando eu estava no ensino médio, economizei dinheiro suficiente fazendo bicos de verão para comprar uma mountain bike. A loja tinha cheiro de pneu novo e, na parede, havia um pôster do Ned.

HÁBITAT NATURAL: Ned Overend posa na sua oficina de bicicletas pessoal nos EUA (Foto: David Lauridsen)
HÁBITAT NATURAL: Ned Overend posa na sua oficina de bicicletas pessoal nos EUA (Foto: David Lauridsen)

Minha bike era uma Schwinn Sierra de aço, cor champanhe com dourado, e eu fingia que era o Ned quando ziguezagueava pelas trilhas perto de casa. Meu herói era o californiano Tinker Juarez, em sua época no BMX, mas Ned ostentava aquele bigodão incrível do Magnum. Eu tinha certeza absoluta de que ele nunca usava a “vovozinha” (como a galera chama a coroa menor da mountain bike, usada quando se precisa de marchas mais leves).

Com cinco irmãos, Ned era o único atleta de sua família. O pai, Edmund, trabalhou como piloto de caça antes de virar diplomata, e Ned nasceu em Taipei, em Taiwan, em 1955. A família vivia no estado norte-americano de Maryland, mas se mudava cada vez que o pai assumia outro posto no exterior, como Etiópia e Irã. Até que se estabeleceram na Califórnia, em 1971, quando Ned estava no ensino médio. Dois anos depois, Edmund morreu de ataque cardíaco.

Ned agradece seu treinador de corrida do ensino médio, Doug Basham, por ter lhe passado treinamentos de alta intensidade e baixo volume de pedal. No início da faculdade, Ned foi selecionado para a equipe estadual da Califórnia de mountain bike cross-country. Mas parou de correr e se mudou para São Francisco para ser mecânico de motos, até que foi para a Universidade Estadual de San Diego. Lá dividiu apartamento com Bob Babbitt, futuro ícone do Ironman, e voltou a competir – primeiro em provas de corrida de 10 km, além de natação e ciclismo, com o objetivo de fazer o Ironman do Havaí. Ele e Bob treinavam em uma piscina de 15 metros do prédio, fazendo milhares e milhares de chegadas. Ned – maratonista que já cravou um tempo de 2h28 – completou o Ironman do Havaí duas vezes.

Em San Diego, ele conheceu Pam Moog, enfermeira, em uma balada. Casaram-se e se estabeleceram em Durango, no Colorado, onde ele conseguiu um emprego tabalhando com motores Volkswagen. O casal teve dois filhos, Allison e Rhyler, que agora estão com 20 e poucos anos e moram na Califórnia. “Pam não vive para ser minha fã”, diz ele. “Eu posso participar de uma importante Copa do Mundo de mountain bike, voltar para casa e esperar tipo uma semana até ela me perguntar como me saí na competição.” Pam ainda trabalha meio período e passa parte do ano em sua segunda casa em San Diego.

Ned vencia corridas de montanha até que lesionou o quadril em 1981, o que o levou ao ciclismo de estrada. No ano seguinte, começou a pedalar uma Schwinn Sidewinder na terra. Ele experimentou uma prova de mountain bike, venceu e se apaixonou. Em 1984, aos 29 anos, assinou um contrato com a Schwinn e seguiu dominando o circuito off road ao longo dos anos 80. Em 1988, trocou o patrocinador para a Specialized e venceu seu primeiro Mundial da UCI (União Ciclística Internacional), que aconteceu em Durango em 1990.

Mesmo quando tinha 35 anos, Ned era considerado “velho”. Em 1991, ele disse a um repórter da Sports Illustrated: “Caí com minha bike de estrada e fiquei dias dolorido. Isso não acontecia quando eu tinha 25 anos”. Na mesma reportagem, o ciclista profissional John Tomac, então com 24 anos, declarou que “a idade é um estado de espírito, por isso Ned pode competir até os 40”.

SEM TEMPO RUIM: As trilhas de Durango (EUA) são o local preferido de Ned para rodar sua fat bike (Foto: David Lauridsen)
SEM TEMPO RUIM: As trilhas de Durango (EUA) são o local preferido de Ned para rodar sua fat bike (Foto: David Lauridsen)

Aos 41, Ned finalmente se aposentou das provas da Copa do Mundo. Ele havia escolhido o mountain bike em parte por que o doping não dominava esse esporte. Porém, em meados dos nos 1990, as drogas haviam zoado a cena do mountain bike europeu, e ele decidiu sair dali também. Tamanha é sua fúria contra o doping que Ned já disse por aí que os atletas pegos se drogando para vencer deveriam ser indiciados como criminosos. “É roubo”, afirma. “De milhões de dólares em contratos.”

As pessoas achavam que era o fim de sua carreira. Mas Ned, disfarçado com seu bigodón, estava discretamente mandando bala em outros campos: triathlon off road, provas de bike singlespeed, ciclocross e até mesmo esqui cross-country. “Eu não me aposentei!”, diz. Ele se renovou e permaneceu na Specialized, trabalhando no desenvolvimento de produtos e no marketing. Em 1998, aos 43 anos, ele chegou ao Campeonato Mundial Xterra de triathlon off road.

Agora pedale sua máquina do tempo quase 20 anos à frente, e lá está Ned dominando a cena das bikes de neve. Ele venceu a prova Fat Bike Birkie de 2014, no estado de Wisconsin – evento que se autodenomina o campeonato norte-americano de fat bike – e, no ano passado, conquistou o USA Cycling Fat Bike Nationals, em Utah. Para isso, ele realizou treinos intervalados em uma trilha perto de Durango. “Nem sempre a vitória é uma surpresa”, diz. “Eu não fui lá só para experimentar um campeonato de fat bike. Fui lá para vencer.”

SE EXISTIR OUTRO ATLETA em outro esporte que tenha levado o sucesso até tão avançada idade, eu desconheço. A norte-americana Diana Nyad ainda está na ativa, aos 66 anos, realizando feitos incríveis na travessias oceânicas. Mas à medida que Ned fica mais velho seus concorrentes tornam-se mais jovens.

“Ned vive tudo o que eu prego”, conta Joe Friel, de 72 anos, treinador de atletas másters e autor do livro Fast After 50 [Rápido Depois dos 50, sem publicação no Brasil]. “Ele sempre foi fã de treinos curtos e de alta intensidade.” Resumindo, a receita do sucesso desse senhor excêntrico é esta: 1) Diminua o volume dos treinis e aumente a intensidade. 2) Recupere, recupere, recupere. 3) Não pare de treinar, nunca. Você consegue manter muito do seu VO2 quando envelhece. Se perder, entretanto, é difícil de recuperar. “Quando você chega aos 60 anos, não dá para tirar um mês de férias e sair para se divertir como fazem os jovens atletas”, diz Joe. “Nessa fase da vida, a perda do condicionamento físico é acelerada. Veja [o ciclista norte-americano] Greg LeMond, por exemplo: ele simplesmente desistiu, pendurou as chuteiras para sempre. Ned nunca fez isso.”

“Força vezes tempo”, aponta fisiologista do exercício Scott Drum, da Northern Michigan University. “Um mínimo de tempo com muita força equivale a longevidade. Depois dos 30 anos, perdemos 1% de VO2 máximo por ano, a não ser que você continue a treinar em alta intensidade.” Scott afirma que outro benefício é que exercícios de alta intensidade podem induzir maiores concentrações do hormônio do crescimento e epinefrina, levando a maiores adaptações metabólicas e musculares.

Scott recomenda que se treine entre 10 e 15 horas por semana, no máximo, para atletas com mais de 40 anos. Com essa receita, Ned não corre risco de sofrer da síndrome de overtraining. Ele pedala forte cerca de 1h30, três ou quatro vezes por semana, e faz pedaladas leves nos dias de descanso. No inverno, mistura esqui e musculação, além de rolês de fat bike. “Tentei yoga, mas não tenho foco suficiente”, diz. “É impressionante como minha disciplina é curta para coisas simples como alongamentos e exercícios de fortalecimento.”

Com exceção das pedaladas da hora do almoço da Specialized, quando ele está na Califórnia, e dos rolês com os amigos de Durango, Ned treina sozinho. “Faço muitas coisas sozinho”, diz. As pedaladas semanais com os amigos são seu check-up semanal. Não dá para ficar muito chateado de ser deixado para trás quando um dos caras do grupo é o campeão norte-americano de mountain bike Howard Grotts, o campeão israelense Rotem Ishay ou profissionais como Ian Burnett e Keegan Swensen. Estrelas do ciclocross como Todd e Troy Wells também participam frequentemente dos pedais semanais para socar a bota. Todos, menos os irmãos Wells, têm menos de 30 anos. Ninguém tem mais de 40.
Ned nunca teve um treinador de ciclismo. “Não gosto de muita estrutura”, declara. Ele não usa monitor cardíaco, muito menos medidor de potência. E confia em sua percepção de esforço – que basicamente consiste em perceber o corpo a partir das próprias sensações. Ned não parece ter um VO2 fora da curva, apenas sabe treinar de forma inteligente.

“Tem muita gente talentosa por aí como eu”, diz. “O que eu fiz foi me sair bem em algumas provas em uma mesma temporada, e daí continuei assim por alguns anos seguidos.” Tinker Juarez, de 54 anos, outro velha-guarda que ainda pedala muito, quebrou o quadril em junho, em uma prova no México. Competições de bike não são brincadeira para os ossos, e durante quase 40 anos Ned conseguiu evitar lesões mais sérias. Parece simples. Mas o cara não é à prova de ferrugem. “As coisas se desgastam”, diz, beliscando o antebraço. “A pele se desgasta.”

DURANGO, SETEMBRO DE 2015. Ned acaba de voltar da montanha, de um difícil pedal solo de 68 km pela serra de Coal Bank Pass, na Highway 550. Ele está treinando para a prova de subida Mount Diablo Challenge, que rolará na Califórnia em outubro, e agora vai curtir uma sessão de recuperação dos músculos na água 15ºC do Rio Animas, como sempre faz depois de pedais difíceis.

Na tarde seguinte, pedalamos por um singletrack suave no Overend Mountain Park, trilha local batizada em sua homenagem. Ned guarda no bolso da jersey de bike seus óculos de leitura, caso precise ajustar alguma coisa pequena, tipo um parafuso do câmbio ou se precisar ler as letrinhas pequenas do Garmin. Ele fica meio acanhado com um parque que leva seu nome. As trilhas são cercadas de carvalhos e pinheiros. Na cidade, um cara grita “Devagar, tiozinho!” Até mesmo sem o bigode, todo mundo o reconhece.

Durango é a cidade do Ned. Ele troca sua bike de trilha por uma Globe de tubo baixo com cesto de vime e um adesivo onde se lê: “Esta bike subiu o Monte Washington” (Ned venceu a famosa prova de subida em 2011, em seu aniversário de 56 anos). Ele é famoso por sua paixão por cervejas estilo Ipa. Em uma noite animada, toma duas. Na Cervejaria Carver, há até um chope chamado Ned’s Nitro Pale Ale.

“É bem legal quando você já está com 60 anos e ainda consegue melhorar seu tempo de dois anos atrás”, diz Ned. “É sempre um bom indicador, né? Eu tinha uma coroinha de rei da montanha do Strava em um segmente perto de casa, até cometer o erro de contar isso para meu vizinho: daí ele foi lá e me roubou.” Vivendo e aprendendo.

Ned cabulou o pedal semanal para ir à Coal Bank, fugindo mais cedo entre dois períodos de chuva para encarar uns treinos intervalados. “Onde você estava?”,pergunta Todd Wells quando o encontra em casa. Ned é feliz pedalando sozinho com o Strava.

“Estou ficando velho um dia por vez”, afirma ele. “Eu só sei o quanto a idade me afeta baseado em minhas próprias experiências. Se não for assim, você acaba se baseando e se influenciando pelo que os outros falam. As pessoas não deveriam aceitar de cara a ideia de que é difícil manter o condicionamento físico.”

Quando é que Ned Overend vai pendurar as chuteiras? “Nunca”, responde logo. Mas ele consegue ver a chegada de um tempo em que terá de mudar da elite para a categoria máster nas competições.

Ned consegue subir no pódio em Mount Diablo, abocanhando o terceiro lugar. Ele escapou com os três melhores bikers da prova, mas os líderes o deixaram para trás faltando 800 metros para o final. “Aceitei bem o resultado”, diz. “Minhas costas estão boas, mas acho que tiveram algum efeito sobre minha preparação e motivação logo antes da prova. Tinha visto no Strava que meu volume baixou em setembro.”
Ele me mandou uma mensagem de texto no domingo, depois da prova: “O cara que ganhou tinha 18!” Ele estava se referindo a Jason Saltzman.
Porém Ned estava enganado: o moleque tinha 17 anos.

Medidas preventivas
Mantenha-se mais forte por mais tempo com estes exercícios pré-treino – Nick Heil

Dentre as coisas mais importantes que um atleta pode fazer para preservar seu condicionamento físico por muitos anos é evitar lesões. Distensões, estiramentos e ossos fraturados podem voltar na forma de dores chatas ou fraquezas à medida que se envelhece, impedindo que você realize os treinamentos intervalados de alta intensidade tão importantes para atletas mais velhos. Adicione rotinas de exercícios pré-treino para preparar seu corpo para as cargas e o stress de um treino ou de uma competição. Realize estes exercícios antes de cada treino forte. Eles vão somar aproximadamente sete minutos de aquecimento, mas a recompensa será enorme em se tratando da longevidade no seu esporte.

1. Levantamento turco (sem peso)
Deite-se de costas, com a perna direita estendida e a perna esquerda flexionada e o pé esteja chapado no chão. Use o braço direito para se sentar, com o braço direito reto e o cotovelo esquerdo apoiado no joelho. Empurre o chão com o calcanhar esquerdo para levantar os quadris em direção ao teto. Ao mesmo tempo, levante o braço esquerdo. Repita, baixando o bumbum para o chão, voltando com o braço esquerdo para o joelho e erguendo o quadril em direção ao teto.

2. Passo do urso
Sobre quatro apoios, rasteje dez passos à frente, usando pernas e braços opostos a cada passada. Mantenha-se abaixado, com as costas retas e os joelhos a poucos centímetros do chão. Termine rastejando para trás, na mesma posição.

3. Avanço com torção
Dê um passo adiante como um afundo. Coloque as duas mãos no chão, para dentro do pé da frente. Mantenha a perna de trás estendida. Levante a mão de dentro em direção ao teto, de forma a torcer o tórax para cima. Volte a mão para baixo, do lado de fora da perna da frente, e estenda a perna dianteira para alongar bem os posteriores de coxa. Termine retornando à posição vertical, com os pés unidos. Repita do outro lado. Alterne três repetições de cada lado.

4. Agachamento sem peso
Em pé, com os pés afastados um pouco mais do que a distância dos ombros, abaixe o quadril o máximo que conseguir, sem encurvar as costas. Mantenha os calcanhares no chão. Enquanto abaixa, estenda os braços à frente. Os joelhos devem se manter alinhados com os dedos dos pés. Deixe a cabeça erguida e o peito aberto. Faça seis repetições.

5. Saltito
Salte com os dois pés com o corpo totalmente vertical, como se estivesse em um pula pula. Continue por 15 segundos e descanse mais 15 segundos. Faça duas séries, aumentando a altura do salto ou a velocidade, para dificultar o desafio.

* Reportagem publicada originalmente na Go Outside 128, de abril de 2016.







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