Free Willy


ENTRETENIMENTO? “Treinador” do Sea World “surfa” uma baleia

Nesta semana, o parque aquático Sea World anunciou que vai interromper seu programa de reprodução de baleias — segundo eles, já não há captura desses animais na natureza há mais de uma década.

Todos os anos, milhares de turistas visitam os parques do Sea World, nos EUA, para ver de perto as baleias orcas em shows feitos em piscinas, sempre guiados por treinadores. No entanto, apesar da alta popularidade desta atração, há tempos que o parque sofre pressão e duras críticas (especialmente vindas de ativistas defensores dos direitos dos animais) para que encerrem suas atividades e deixem de manter esses animais selvagens gigantescos em cativeiros tão pequenos.

A medida, porém, não foi considerada satisfatória pela PETA, uma das principais organizações mundiais em pról dos direitos animais. De acordo com esta ONG, o ideal seria que o Sea World soltasse todas as baleias que mantêm em cativeiro no mar. Em entrevista à rede de TV norte-americana ABC, o diretor executivo do Sea World, Joel Manby, disse que esta ação seria muito arriscada, pois elas estão acostumadas à vida em cativeiro e poderiam não sobreviver na natureza.

De acordo com Joel, agora é só uma questão de tempo até não haver mais orcas nos parques do Sea World. Mas é impossível dizer quanto tempo isso levará, já que as baleias costumam viver cerca de 30 anos e o parque ainda tem vários desses mamíferos em suas piscinas. O diretor disse ainda que, em breve, o formato dos shows com os animais mudará, perdendo seus aspectos mais teatrais e dando lugar a uma interação mais “natural” entre público e animal, com um foco maior no aspecto educacional e ambiental. Po renquanto, o show com as baleias é um carro-chefe desses parques.

O Sea World viu o número de visitantes e o valor de suas ações de mercado despencarem depois do lançamento do documentário Blackfish, em 2013 (confira o trailer abaixo; o filme completo está disponível no Netflix). O documentário, que na época foi chamado de “irreal” pelo Sea World, mostra as más condições de vida dos animais nos parques, além de relatar a morte de Dawn Brancheau, treinadora que foi arrastada para dentro da piscina e morta pela baleia Tilikum em 2010, no parque de Orlando, na Flórida.







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