O escalador e highliner capixaba Caio Afeto acaba de empurrar seus limites para ainda mais longe.
Em temporada de "diversões" no Parque Nacional de Yosemite, na Califórnia (EUA), Caio treinou o highline, sua grande paixão, explorando novos terrenos em seu esporte. Dessa forma, se tornou o primeiro brasileiro a realizar a mítica travessia de highline do Lost Arrow Spire em estilo freesolo, o mais puro da modalidade, feito sem nenhum equipamento de proteção.
O Lost Arrow Spire é famoso por ter sido palco para o primeiro highline da história. A primeira travessia foi feita em 1985 pelo norte-americano Scott Balcom. São aproximadamente 17 metros de distância a atemorizantes 880 metros de altura. Andy Lewis (o "Sketchy Andy") e Dean Potter são dois dos poucos que já realizaram o mesmo feito.
Caio vinha se preparando para tentar o freesolo do Lost Arrow desde 2012, e contou com a ajuda dos amigos Gustavo Fontes (de Minas Gerais) e Riki Lopes (da Espanha) para se preparar para o grande momento. Os dois tiveram que escalar até o topo da pedra para esticar a fita, além de darem uma forcinha mental para Caio concluir a travessia com tranquilidade.
"Meus amigos me passaram uma energia incrível, me motivaram muito dessa forma. Na hora de atravessar sem a cadeirinha de segurança, nem pensei muito… Pisei na fita e já levantei rumo ao outro lado", disse o atleta capixaba.
O feito histórico é mais um marco na carreira de Caio, que ficou emocionado com a conclusão do projeto: "Quando me dei conta, já tinha atravessado. Fiquei tão comovido que chorei de felicidade."
Veja abaixo dois vídeos: o primeiro mostra a temida travessia em free solo, o segundo mostra um dos últimos treinos na fita antes de tirar a cadeirinha de segurança (Vídeos por Gustavo Fontes).
PAISAGEM: Caio Afeto cruza o highline montado no Lost Arrow Spire, no parque do Yosemite (Fotos: Gustavo Fontes)
NA FITA: Caio em momento de atenção máxima, durante a travessia em free solo (Foto: João Marcos Siqueira)
É DO BRASIL: Caio comemorando com os amigos do outro lado do highline, já concluído (Foto: João Marcos Siqueira)