Mão na massa


CATAPULTA: Leo Mattioli foi um dos profissas que testaram a qualidade das rampas do Belvedere

Por Mario Mele

Quando os bikers mineiros Lucas Freitas, Marcelo Negão e Bráulio Mallard chegaram pela primeira vez ao morro do Belvedere, zona nobre de Belo Horizonte, não imaginavam que pudessem produzir tanto divertimento por ali. Até desciam umas ladeiras, mas não ousavam muito nos saltos e manobras. Depois que voltaram da montanhosa região de Whistler, no Canadá, a verdadeira Disneylândia do Dirt Jump, a inspiração bateu tão forte que os caras resolveram voltar ao Belvedere para uma nova “inspeção”.

Notaram que a geografia acidentada do terreno realmente favorecia a construção de boas rampas. “Trabalhamos duramente durante quatro finais de semana. O piso foi acertado com pá, enxada e picareta”, explica Lucas. Nenhum esforço foi em vão, e hoje eles já têm à disposição um pico ideal para se aperfeiçoarem em algumas manobras de elite com nomes como can can, superman, no hander e table.

Como a pista está dentro de uma área particular, desistiram de investir muita grana e não colocaram tapetes nem construíram intervalos de madeira, que evitariam erosões e aperfeiçoariam alguns trechos desnivelados. “Mesmo assim, dá para fazer a cabeça. Costumo treinar 40 minutos pela manhã, antes de ir trabalhar”, conta o free rider.

Você que está começando a dar seus saltos de bike, não vá se empolgando em passar uma tarde no “Belves”. Lucas garante que o local é indicado somente aos mais experientes. As rampas são de grande projeção, e alguns platôs beiram penhascos que ultrapassam facilmente os 10 metros de altura.

(Reportagem publicada originalmente na Go Outside de abril de 2007)







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