Posso beber água extraída de um cacto no meio do deserto? Sim, mas é bom ter algum conhecimento sobre essas plantas espinhosas para não se dar mal. Pois, algumas espécies possuem alcalóides, substâncias que conferem gosto amargo e têm poder alucinógeno.

“Isso acontece com os cactos que vemos nos filmes de caubói ou no deserto do Arizona, nos Estados Unidos”, diz a engenheira agrônoma Marina Tomioka. Outras espécies, como o mandacaru e o umbu, comuns no Brasil, são mais indicados para saciar a sede.

Para retirar a água que armazenam, você precisa cortar algumas “almofadas”, nome dado às folhas suculentas da planta, tirar os espinhos, picar em pedaços e, com auxílio de um pano, espremê-los.

Segundo a especialista, cactos com frutos normalmente têm água adequada ao consumo humano. “Se, mesmo encontrando frutos, a pessoa ficar na dúvida, a dica é verificar se ele foi bicado por pássaros. Em caso afirmativo, não tem problema, pode beber a água”, afirma.

Para o botânico norte-americano Mark Sitter, do Museu do Deserto de Arizona-Sonora, nos Estados Unidos, outra alternativa para matar a sede no deserto e evitar a desidratação é beber a própria urina. Parece bizarro, mas não custa lembrar que o xixi é composto por 95% de água.







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