Paleontólogos mexicanos desenterraram ossos de mais de 60 mamutes e outros animais pré-históricos que habitavam o atual território do país durante o Pleistoceno, há mais de 37.000 anos.
+ Itália lança um tour virtual por Pompeia com novas descobertas
+ Tartaruga gigante considerada extinta por 100 anos é redescoberta
A descoberta aconteceu durante escavações para a construção de um novo aeroporto na Cidade do México. De acordo com o jornal mexicano Excelsior, já desde uma primeira descoberta nas imediações, em abril de 2019, que os paleontólogos acreditavam que o lugar da construção do novo aeroporto de Santa Lúcia, próximo à capital do país, poderia conter vestígios da fauna pré-histórica que ali viveu há cerca de 37 mil anos perto do extinto lago Xaltocan.
Os esqueletos dos mamutes encontrados pertencem à espécie Mammuthus columbi – abundante na América do Norte durante o Pleistoceno, 12.000 anos atrás. Os esqueletos são de machos, fêmeas e jovens, que provavelmente morreram quando ficaram presos no lago, porque sua profundidade variava e até secava até se tornar um espaço pantanoso.
“A riqueza dos restos mortais é maior do que pensávamos. Nós carregamos mais de seis dúzias de mamutes. Quase todos são da variedade columbi, mamute colombiano e outro tipo de fauna associada ao Pleistoceno, como bisões, camelos e cavalinhos ”, disse Pedro Francisco Sánchez Nava, coordenador nacional de Antropologia do Instituto Nacional de Antropologia e História (INAH) do México.
Além dos mamutes, os paleontólogos descobriram túmulos humanos pré-hispânicos, pratos e restos de um cachorro. Os achados deverão ser todos reunidos em um museu que ilustre como se vivia no local há 35.000 anos atrás.
Até o momento, as obras do aeroporto não serão canceladas. O INAH explicou que o trabalho da construção não coloca o projeto em risco e eles poderão continuar com as investigações. Segundo o Instituto, os ossos podem ser removidos do local.