Excesso de plástico no Mediterrâneo preocupa cientistas

plástico Mediterrâneo
Plásticos nos oceanos pode quadruplicar até 2040

Uma pesquisa publicada na revista científica Frontiers in Marine Science informou dados alarmantes acerca do acúmulo de lixo plástico no Mar Mediterrâneo. O local acumula 3.760 toneladas de plástico e microplástico das nas águas superficiais ao fundo do mar.

De acordo com o estudo, essa é uma região propensa à poluição por plásticos por conta do denso povoamento, pesca, navegação, turismo e fluxo limitado das águas de superfície.

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Segundo o documento, a produção de plástico tem aumentado todos os anos desde 1950. Só em 2019 foram produzidas 368 milhões de toneladas de plástico. Atualmente há nos mares de todo o mundo aproximadamente 250 mil toneladas de plástico.

O Mediterrâneo é considerado um ponto quente para a poluição por plásticos, devido à sua natureza semi-fechada e áreas costeiras densamente povoadas.

No entanto, o Mediterrâneo é rico em biodiversidade, sendo uma área de preocupação à conservação dos ecossistemas marinhos.

“A poluição plástica afeta todos os níveis da biodiversidade marinha, com partículas macro e microplásticas encontradas na superfície do mar, nas praias, no fundo do mar e no interior dos corpos de grandes e pequenos animais marinhos. Foi também relatado que os seres humanos ingerem plástico através do consumo de produtos do mar”, alerta a publicação.

No estudo, um modelo hidrodinâmico / deriva de partículas acoplado em escala de bacia foi usado para rastrear os caminhos e o destino dos plásticos das principais fontes terrestres (cidades costeiras e rios), levando em consideração os processos mais importantes (advecção, barragens deriva, mistura vertical e horizontal, afundamento, resistência do vento e encalhe).

Kostas Tsiaras, principal autor da investigação, sublinhou que os microplásticos são menos abundantes na superfície do mar, já que afundam mais rapidamente (pela fixação em organismos marinhos), ao contrário dos plásticos grandes, como os sacos de plástico ou isopor, que podem flutuar durante mais tempo e percorrer longas distâncias.

O modelo foi desenvolvido por pesquisadores do Centro Helénico de Investigação Marinha da Grécia. Através dele, os investigadores concluíram que a carga total anual de plásticos que vai parar ao Mediterrâneo ronda as 17600 toneladas, das quais 3760 estão flutuando atualmente. Do total, 84% acabam nas praias e os restantes 16% acabam na coluna de água ou no fundo do mar.







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