Todo atleta profissional ou amador já passou por algum motivo de pausa durante os treinos, e teve dificuldades para voltar – seja por conta de uma lesão, doença, excesso de trabalho, e até preguiça. No entanto, esse número subiu astronomicamente: com parques fechados e normas de isolamento social em muitas cidades do Brasil e do mund, muita gente passou pelo chamado “destreinamento físico”. Assim é chamado o período em que o corpo para de treinar – e se acostuma a isso. Como, então, voltar aos treinos e recuperar o tempo perdido depois da pandemia?

Fatores como o histórico de atividades de cada pessoa, condicionamento físico, nutrição e sistema imunológico – e principalmente o estado mental – fazem bastante diferença, impactando diretamente nesse retorno, que pode e deve ser gradativo.

O “destreinamento” envia uma mensagem direta ao organismo, que pode ocasionar em perda de força, resistência e flexibilidade – mas a boa notícia é que seu corpo se lembrará de como executar os movimentos, sendo capaz de responder aos estímulos de retorno passo a passo.

Para entender melhor os prazos que classificam o destreinamento, e suas consequências, é importante ter em mente que a parte aeróbica começa a declinar depois de dez dias de descanso. O ideal, de acordo com estudos, é retomar a atividade física em até 14 dias, quando começam a acontecer as reduções mais significativas no condicionamento e VO2 máximo (capacidade do seu corpo de absorver e utilizar o oxigênio). Depois de seis meses, por exemplo, é como o atleta se tivesse voltado à estaca zero, totalmente destreinado. Nesse caso, serão precisos pelo menos mais seis meses de treinamento gradual até se chegar ao antigo nível de condicionamento.

O mais importante, no entanto, é voltar. Independentemente do tempo parado, os mesmos estudos indicam que algumas semanas de treinamento guiado e responsável já são eficazes para melhorar ritmo e condicionamento. Manter-se ativo é essencial, seja utilizando aparelhos elípticos ou somente caminhando.  Exercícios de força e resistência também ajudam e podem ser feitos em casa.

Procurar apoio profissional, planejar tempo e intensidade de treinos, elaborar um tipo de plano alimentar adequado e respeitar os limites do corpo e da mente são as dicas mais importantes para o sucesso no retorno à atividade física, além de ajudar a manter a continuidade desse processo, principalmente quando o plano é voltar aos treinos depois da pandemia.

E não se compare a ninguém: lembre-se sempre que ter consciência de que somos diferentes e que cada um responde de maneira própria aos treinos, e à falta deles, é essencial para alcançar bons resultados.







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