Investigação do governo conclui o ataque do urso foi imprevisível

Por Redação

O urso que matou uma professora canadense e sua filha bebê em novembro estava desesperado a procura de comida. Esta é a conclusão de uma investigação feita pelo governo do Canadá, que concluiu que o trágico ataque não poderia ter sido evitado.

Valérie Théorêt, 37 e Adèle, 10 meses, foram mortas por um urso pardo em um ataque enquanto caminhavam perto de uma remota cabana da família. O urso foi morto pelo marido de Valérie, Gjermund Roesholt que, depois de testemunhar a cena devastadora, confrontou o animal e conseguiu atirar e matá-lo.

O chefe de conservação do território, Gordon Hitchcock, disse ao The Guardian que o urso de 18 anos estava extremamente magro, pesando apenas 137 quilos e carecendo de reservas de gordura para a hibernação.

Um exame no animal encontrou espinhos de porco-espinho que haviam perfurado o estômago do animal, provavelmente causando dor intensa e impedindo-o de caçar enquanto o inverno se aproximava.

“Este urso começou a procurar fontes de alimento incomuns e estava com dor por ter consumido previamente um porco-espinho para evitar morrer de fome”, disse Hitchcock. “Os ursos normalmente não comem porco-espinho.”

Autoridades acreditam que o urso viu e seguiu as trilhas de motoneve deixadas pelo marido de Valérie, que estava fora checando armadilhas para caça.

O ataque

Acredita-se que o urso tenha chegado à cabana da família perto do Lago Einarson, uma área remota a 400 km da capital do território de Whitehorse. O animal provavelmente avistou a mãe e a filha, escondendo-se entre os arbustos até que pudesse atacar.

“O ataque pareceu repentino. Todas as evidências sugerem que Valérie não teve tempo de reagir”, disse Hitchcock.

Autoridades enfatizaram que os ataques de urso permanecem incrivelmente raros.

“Dizer que as vítimas estavam no lugar errado na hora errada parece banal, mas nossa investigação mostra que, mais do que qualquer outra coisa, essa foi uma tragédia infeliz e que pouco poderia ter sido feito para evitar isso”, disse o chefe de conservação.







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