Colocamos três dos mais recentes dispositivos de comunicação via satélite em ação 

Por Joe Jackson, da Outside USA

Os dispositivos de comunicação via satélite são, na melhor das hipóteses, o que salva muitas vidas. Eles permitem que você faça o check-in com amigos e familiares e peça os serviços de emergência em um clique, mesmo quando estiver longe de sinais de rede.

O teste

Para descobrir quais deles funcionam melhor, convoquei Erik Sol, presidente do programa de atividades ao ar livre da Southern Oregon University, e seus sócios do clube para ajudar a colocar três dos mais recentes dispositivos em ação. Por mais de um mês, eles pegaram os aparelhos e testaram em lugares como a Rogue River Trail, esquiando no Siskiyous e no Monte Shasta, bem como em trilhas longe de grandes cidades. (Atenção: tentamos incluir um Garmin inReach neste teste, mas a empresa não tinha nenhuma unidade disponível.)

Os resultados

Vencedor: Bivystick (US$ 360)

satellite communicator
(Sarah Jackson)

Facilidade de uso: 4/5
Eficácia: 5/5
Portabilidade: 4/5

Como funciona: o Bivystick se conecta ao seu telefone Android ou iOS via Bluetooth. Através do aplicativo que o acompanha, você pode enviar mensagens de texto, enviar um SOS para serviços de emergência ou dar check-in através da mídia social. Ele conecta seu telefone aos 66 satélites da Iridium, que permite conectividade em qualquer lugar do mundo. E há todos os tipos de mapas e relatórios de viagem no aplicativo que você pode baixar antes de sair. Ao contrário de outros dispositivo que têm contratos e taxas de inicialização, o Bivystick libera créditos (como se fosse um plano pré-pago). Um plano básico de US$ 18 permite conexão à rede de satélites e dez créditos, com um único sendo bom para enviar ou receber um texto, compartilhar sua localização uma vez, obter um boletim meteorológico ou rastrear sua rota por uma hora.

O veredito: Tudo sobre este sistema foi incrivelmente fácil de usar. O aplicativo era intuitivo e permitia que os testadores utilizassem os teclados completos de seus smartphones para escrever textos de 160 caracteres. E a capacidade de fazer o download de mapas on-line antes de entrar no meio do mato, rastrear sua rota e obter atualizações sobre o tempo foram ótimos benefícios. A conectividade era ótima: os testadores não tinham problemas em enviar ou receber mensagens, mesmo no fundo do desfiladeiro do Rogue River. Mas, como acontece com todos os dispositivos que usam Bluetooth, o Bivystick era um problema sério para as baterias de telefone – um deles perdeu um terço de sua carga em cinco horas. (No entanto, a bateria de 5.200-mAh da unidade pode durar até 400 horas e ele tem capacidade suficiente para carregar seu telefone duas vezes pela entrada USB. E ele vai parar de carregar assim que o Bivystick atingir 20% de bateria para evitar danificar tudo.)

Além disso, o botão liga/desliga fica oculto atrás de uma aba de plástico para que o dispositivo não ligue ou desligue sem querer em sua mochila. Mas foi difícil para abrir, a ponto de os membros do grupo se preocuparem com a quebra. “Na última noite de nossa viagem pela Rogue River Trail, um dos estudantes teve uma pequena lesão que nos atrasou e exigiu um desvio do plano A”, disse um testador. “Consegui comunicar com eficiência nossa mudança nos planos com vários contatos e coordenar o resgate.”

2. GoTenna Mesh (US$ 179)

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(Sarah Jackson)

Facilidade de uso do usuário: 4/5
Eficácia: 2/5
Portabilidade: 5/5

Como funciona: o GoTenna permite que você use seu telefone Android ou iOS fora da rede por meio de sinais de rádio de ondas longas, emparelhados com Bluetooth. Você pode enviar mensagens de texto e enviar coordenadas de GPS, mas apenas com outros usuários do GoTenna (enquanto o Bivystick pode se comunicar diretamente com qualquer outro telefone). O Mesh usa outros GoTennas na área para ajudar a retransmitir sua mensagem, passando por eles como um jogo de telefone – nenhum dos intermediários pode ver a mensagem ou alterá-la – por até seis quilômetros. Mapas para download também estão disponíveis. Não há taxas mensais para usar o GoTenna Mesh, apenas o custo inicial do dispositivo.

O veredito: Os testadores emparelharam o GoTennas com seus celulares em vez de usar rádios enquanto estavam no campo. Eles notaram que os dispositivos, do tamanho de um canivete, eram mais fáceis de transportar e que o aplicativo de smartphone do Mesh era fácil de navegar, semelhante ao WhatsApp. Embora fosse uma ferramenta fácil e eficaz para permitir que eles se comunicassem de maneira relativamente próxima e dentro de sua equipe (todos tinham unidades GoTenna Mesh), eles não gostaram que não puderam se comunicar fora da rede. Esta foi o ponto negativo do GoTenna: apesar de ser ótimo para mensagens dentro do grupo, ele só pode enviar um SOS público para outros usuários do Mesh. No final, os testadores não gostariam de depender exclusivamente do Mesh para se comunicar no meio do mato, mas acharam que ele era bom para grupos em uma área de esqui ou em trilhas. O GoTenna Mesh é o mais acessível nessa lista, o valor de US$ 179 é para duas unidades.

3. Spot X (US$ 250)

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(Sarah Jackson)

Facilidade de uso: 1/5
Eficácia: 3/5
Portabilidade: 4/5

Como funciona: Ao contrário dos outros dois neste teste, o Spot X é a sua própria unidade independente, não precisando de conexão com telefones via Bluetooth. Ele usa satélites Globalstar para receber e enviar mensagens diretamente com outros telefones. Ele também pode rastrear sua rota, compartilhar sua localização ou textos via mídia social e programar waypoints, além de oferecer uma linha direta para serviços de emergência para chamadas SOS. O Spot X tem um teclado completo e um botão do cursor para navegar na tela.

O veredito: Os testadores gostaram que o Spot X não depende do Bluetooth e tem o seu próprio no teclado. O fato de você não precisar manter um telefone carregado ou fazer malabarismos com o telefone e com outro dispositivo enquanto estiver no meio do mato foi um grande bônus. Os alunos acharam que o teclado tornaria o envio de textos extremamente rápido e fácil. No final, porém, as teclas nos botões se mostraram muito pequenas para serem digitadas com luvas e seriam difíceis de usar em ventos congelantes e sob chuva forte ou neve. Eles também acharam o botão do cursor um pouco desajeitado. Mas este dispositivo travou depois de uma atualização de sistema e desligou a aparelho, tornando-o inutilizável para uma parte do teste. Fora disso, o Spot X foi ok.







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