O registro foi feito por armadilhas fotográficas usadas para um projeto de pesquisa

A equipe do Parque Nacional da Serra dos Órgãos divulgou o primeiro registro de leucismo em onças-pardas no mundo. O leucismo é uma alteração genética que causa a despigmentação dos pelos de parte ou todo o corpo do animal. Ao contrário do albinismo, o leucismo não afeta a íris e outras partes sem pelo no animal e não confere maior sensibilidade à luz do sol.

O registro foi feito em 2013 por meio de armadilhas fotográficas usadas no projeto de pesquisa “Inventário e monitoramento de mamíferos de médio e grande porte no PARNASO”, coordenado pela servidora e pesquisadora Cecilia Cronemberger de Faria. A captação da imagem faz parte de um trabalho científico que será publicado em 2019.

O leucismo é raro em mamíferos, já tendo sido registrado em tigres e leões. O ineditismo do registro fez com que a foto, publicada na semana passada, nas redes sociais de um dos coautores do trabalho, Lucas Gonçalves, da UFRPE, viralizasse na internet.

Em entrevista ao ICMBio, Cecília disse que a visibilidade que o registro ganhou pode ser muito útil para conseguir financiamento para as atividades de monitoramento no Parque e para mostrar a importância de manter o monitoramento da biodiversidade em unidades de conservação.

“O monitoramento tem o objetivo de acompanhar e compreender as flutuações das populações de espécies que ocorrem na unidade de conservação, mas também favorece descobertas como essa, tão valiosas para a ciência”, ressalta Cecília.

O artigo científico com o registro onça-parda com leucismo será divulgado no início de 2019 pela revista CatNews, da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).

Fonte: ICMBio







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