Proposta da petição é de responsabilizar usuários das redes sociais com comportamentos ilegais em áreas ambientais

Você pode digitar no Google “turista morre ao tentar fazer selfie…” e encontrar inúmeras notícias de casos no Brasil de no mundo de alguém que se arriscou demais ao tentar fazer uma foto. E infelizmente, as redes sociais têm influenciado as pessoas a fazerem fotos malucas em áreas de perigo.

Quando um destino impressionante ou incomum é fotografado, georreferenciado (sua localização específica é declarada em um post) e amplamente compartilhado nas mídias sociais, atrai visitantes. E esses visitantes fazem a mesma coisa, imitando poses bobas ou levando-os a cometer ilegalidades em áreas ambientais. Mas, ainda assim, as fotos são publicadas e curtidas.

Uma petição online espera mudar isso. Intitulada “Encorajando a geração de mídia social a se comportar de maneira mais responsável ao ar livre (tradução livre)”, ela pede que o Instagram e o Facebook passem a responsabilizar usuários que postarem fotos de atividades ilegais. A iniciativa é da fotógrafa e escritora norte-americana Elisabeth Brentano.

“Quando indivíduos usam o Instagram para postar publicamente fotos e vídeos de si mesmos infringindo a lei e se engajando em atividades que são prejudiciais ao meio ambiente, raramente há qualquer recurso legal”, escreveu a fotógrafa no texto da Petição.

Para comprovar o perigo e a problemática, Elisabeth usou como exemplo o caso de Keystone Hot Springs, na Colúmbia Britânica, no Canadá, que agora está fechado entre abril e novembro de cada ano para ajudar a população local de ursos a se recuperar. O fechamento é atribuído a um excesso de visitantes.

Fotos de visitantes na Keystone Hot Springs

As fontes termais canadenses se tronaram muito populares graças a milhares de fotos postadas no Instagram, e o aumento dramático de visitantes trouxe uma enorme quantidade de lixo deixada por turistas descuidados. Vários ursos na área se tornaram habituados a comida e exibiram comportamento agressivo em relação aos humanos, com um relatório documentado de um urso atacando um caminhante.

A solução de Elisabeth é que as empresas de mídia social implementem um sistema que permita aos usuários denunciar violações que sejam ilegais e prejudiciais ao meio ambiente. Esses relatórios podem ser enviados para um departamento de ética no Instagram/Facebook que consultaria e/ou trabalhasse em conjunto com organizações sem fins lucrativos, cientistas, parques e órgãos policiais para ajudar na citação de usuários (tanto indivíduos quanto empresas).

Além disso, o Instagram/Facebook forneceria contas sinalizadas com recursos apropriados para recreação responsável, proteção do meio ambiente e oportunidades de voluntariado, para que eles pudessem corrigir suas ações e ajudar todos na comunidade outdoor a trabalharem juntos.

A petição já conseguiu quase 16.000 assinaturas até o momento desta publicação. Você pode ler e assinar aqui.







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