Famosa pelo surf, um grupo de atletas de highline mostra uma nova maneira de encarar as ondas gigantescas da Nazaré, em Portugal

Por Aidan Williams*

Localizada na costa portuguesa a cerca de 130 quilômetros ao norte de Lisboa, a vila de Nazaré abriga algumas das maiores ondas oceânicas do mundo, chegando às vezes a até 30 metros de altura. Para os Western Riders, uma equipe portuguesa de slackline e highline composta por José Ferreira, Bertrand Jny, Cláudio Dores, Emerson Machado e Pê Pê, apresentam no Farol da Nazaré uma oportunidade para testar a firmeza e resiliência que o esporte exige. A eles juntaram-se Andrey Karr, da Rússia, e Joshua Leupolz, da Alemanha.

De pé a 15 metros acima do oceano ligado à fita apenas com uma corda elástica e uma mentalidade simples para esses atletas: andar ou cair. Aqui, Emerson Machado tenta continuar andando, parando para se equilibrar enquanto uma onda o pega no caminho de volta ao penhasco.

Foto: Aidan Williams

Não importa o quanto um highliner tente ficar na fita, todo mundo aqui eventualmente sucumbe às ondas.

Foto: Aidan Williams

Nazaré é o lar de algumas das maiores ondas oceânicas do mundo, graças à combinação de fortes ventos que sopram do Atlântico e do Cânion da Nazaré, um enorme desfiladeiro com mais de 170 quilômetros de extensão e 5 mil metros de profundidade em alguns lugares. É notório como o local extremo é marcado pelo surf, mas as ondas que batem na aldeia de pescadores também fazem de Nazaré um cenário perfeito para highline.

Foto: Aidan Williams

A única maneira de voltar ao ponto de ancoragem depois de uma queda é subir de novo a trela para a fita antes da próxima onda e andar, o que é exatamente o que José Ferreira faz depois de cair.

Foto: Aidan Williams

Joshua Leupolz, um atleta de 26 anos da Alemanha, está na fita e pronto para ir, tirando um momento para refletir sobre a vida. Para os highliners, encontrar a combinação certa de equilíbrio e autoconfiança pode ser difícil na melhor das circunstâncias. É ainda mais duro com as ondas de Nazaré batendo em você.

Foto: Aidan Williams
As ondas atingem com tanta força que os respingos podem dificultar a visão de qualquer pessoa. Aqui, Bertrand Jny se segura quando uma onda atinge a fita.
Foto: Aidan Williams

O local também é desafiador para tirar fotos. Para fotografar, você estará bem na beira do penhasco, o que incluiu usar equipamentos de proteção contra queda.

Foto: Aidan Williams

Esta é a imagem que eu tinha em mente o tempo todo, mas me perguntei se teria sorte o suficiente para capturar o momento. Foi uma boa sensação fazer este clique de Andrey Karr graciosamente passando por cima da fita ao pôr do sol com um enorme onda acertando a rocha atrás dele.

*Texto publicado originalmente na Outside USA.






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