Mulheres são as mais impactadas pelas imagens de filhotes

Psicólogos das universidades de Lancaster e College London, no Reino Unido, estudaram a reação de pessoas ao verem imagens fofinhas de filhotes e o consumo delas de carne. O estudo concluiu que homens e mulheres usam diferentes estratégias para evitar a culpa sobre comer animais.

A pesquisa incluiu três rodadas de pesquisa em que 781 homens e mulheres foram presenteados com um prato de carne acompanhado de uma foto de um animal bebê ou de sua contraparte adulta. Eles foram solicitados a avaliar seus sentimentos de ternura pelo animal na foto, bem como a aparência do prato, que eles classificaram em uma escala de 0 a 100.

Quando acompanhadas por uma foto de um bebê, as mulheres classificaram o prato de carne em média 14 pontos menos apetitoso. A classificação masculina caiu em média em quatro pontos.

“Os homens, como um grupo, tendem a endossar crenças de dominação humana e justificativas pró-carne para o abate de animais de criação. Ou seja, é mais provável que concordem com afirmações como “os seres humanos estão no topo da cadeia alimentar e deveriam comer animais”, disse o artigo da pesquisa.

Curiosamente, essas diferenças ocorreram mesmo quando os pesquisadores determinaram previamente que homens e mulheres classificaram animais de fazenda (filhotes, leitões, bezerros, cordeiros) como altamente dignos de sua preocupação moral.

“Os homens pareciam mais capazes de separar suas avaliações de filhotes de animais de seu apetite por carne”, escreve Piazza. “Nossas descobertas podem refletir uma maior afinidade emocional das mulheres com os bebês e, por extensão, sua tendência a ter mais empatia com os filhotes”.

O estudo não acompanhou os participantes para ver se eles reduziram o consumo de carne após a experiêcia. No entanto, é interessante notar que nos EUA, pelo menos, as mulheres parecem, de fato, comer menos carne do que os homens. Um estudo de 2014 descobriu que, nos EUA, 74% dos vegetarianos e vegans atuais são mulheres – e 69% dos ex-vegetarianos e vegans também são mulheres.

“O que nossa pesquisa sugere é que os apelos às emoções de cuidado, que são tão importantes para como tratamos os membros de nossa própria espécie”, concluem os autores, “podem ser benéficos para levar as pessoas a repensarem sua relação com a carne, especialmente as mulheres”.

O estudo completo foi publicado no site Anthrozoös.







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