A polêmica do disco

HERÓI OU VILÃO: Rotor de freio Shimano Dura-Ace

Ontem, a ciclista holandesa Annemiek van Vleuten sofreu um grave acidente enquanto liderava a prova olímpica do ciclismo de estrada (veja no vídeo abaixo). No último trecho de descida da Vista Chinesa, ela errou uma curva e voou por cima da bicicleta depois de travar os freios. Resultado: concussão grave e três microfaturas na coluna vertebral.

No dia anterior, durante a prova masculina, o colombiano Sergio Henao e o italiano Vincenzo Nibali também haviam se envolvido em um grave acidente na mesma descida, enquanto também lideravam uma fuga do pelotão.

Talvez este seja o momento propício para a União Ciclística Internacional (UCI) acelerar o andamento do processo que revê a autorização do uso dos freios a disco em competições do ciclismo de estrada.

Recentemente, o presidente da UCI, o inglês Brian Cookson, afirmou em entrevista ao site Cyclingtips.com que os discos precisam ser mais seguros. “Pode ser uma questão de arredondamento das bordas do rotor, e isso é um desafio para as marcas deixarem o sistema mais confiável aos ciclistas.”

O uso em caráter experimental deste tipo de freio foi interrompido após um incidente na Paris-Roubaix deste ano, depois que, possivelmente, o rotor do freio teria sido o culpado por um corte na perna do ciclista espanhol Francisco Jose. Em um engavetamento, por exemplo, o rotor quente e com bordas afiadas poderia se transformar em uma arma.

Mas marcas como a Sram, a Shimano e a Tektro já estão adiantadas no assunto, e já produzem rotores de freio para bicicletas de estrada com bordas embotadas e sistema de esfriamento. Mesmo assim, para Brian o fim da polêmica depende da aceitação dos ciclistas – e alguns ainda são relutantes quanto ao uso deste sistema.

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https://www.youtube.com/watch?v=XCTJlCP6bUM







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