Navegando pela história

Por Octávio Germann, da Go Outside online

De volta ao passado. A primeira Regata de Veleiros Clássicos de Angra dos Reis reuniu entre os dias 29 de abril e 1 de maio grandes nomes da vela nacional, como os irmãos Torben e Lars Grael e Kiko Pellicano, medalha de bronze em Atlanta 96 ao lado de Lars. No evento, todos se lançaram ao mar a bordo de embarcações com pelo menos 30 anos de uso.

Após três dias de competição, o time Marga de Lars Grael, que contava com seu sogro, Roberto Pellicano e seu filho, Nicholas Grael, além de Colim Gomm, Samuel Freitas e André Mosca, foi o primeiro a cruzar a linha de chegada, deixando em segundo e terceiro lugares as equipes Órion (com uma embarcação de 1974) e Lady Lou (1969), de Kiko Pelicano e Torben Grael, respectivamente.


TERCEIRA IDADE: Barco que ajudou Lars a vencer a regata está próximo dos 80 anos

A vitória de Marga, embarcação fabricada em 1933, coroou o espírito saudosista da regata e premiou um dos grandes nomes da vela brasileira, que após a vitória arrumou tempo para conversar com a equipe da Go Outside online sobre suas impressões da regata.

Go Outside: Qual a importância da vitória nessa regata conquistada ao lado de seu filho?
Lars Grael:
Foi muito importante para mim pelo prazer de poder compartilhar da mesma paixão pela vela com meu filho, que já é um bom velejador na classe optimist. A vitória na classificação geral num evento de veleiros clássicos carrega o simbolismo de uma família que venera as raízes e a tradição da vela. Herdamos esse amor do nosso avô Preben.

Go Outside: Como surgiu a possibilidade de competir com um barco tão antigo?
Lars:
Esse barco me foi doado logo após meu acidente, em setembro de 1998. O Marga foi construído na Finlândia em 1933 e acabou afundando na 2ª Guerra Mundial. Desde nossa estreia na Regata Preben Schmidt (em 1998) e logo após o término da sua reforma (em 2001), o Marga participa anualmente da tradicional Regata Preben Schmidt, realizada sempre no final da temporada de Vela Fluminense no Rio Iate Club, em Niterói. Esta foi a primeira vez que o barco foi para Angra e impressionou por seu estilo de época e velocidade.

Go Outside: Qual foi a sua sensação ao cruzar a linha de chegada em primeiro
lugar a bordo do barco que melhor representa o espírito da regata?
Lars:
Uma ode ao prazer de viver, velejar e fazer aquilo que tenho paixão na vida. Os veleiros clássicos estão em alta e eventos como o de Búzios, Angra e a Preben Schmidt, em Niterói, tendem a ser valorizados e prestigiados.







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