Prancha de surf motorizada?

Nos últimos dias, o mercado do surf recebeu a notícia de um “produto revolucionário”: trata-se da prancha motorizada WaveJet. Desenvolvida por Mike Railey, o shape é feito de fibra de carbono e dispõe de um motor removível acoplado no fundo da prancha. O funcionamento é através de controle remoto, que pode ser fixado no pulso do surfista, e a bateria dura em média 30 minutos. Bacana, né? Eu não acho.

Tudo bem, a traquitana possibilita uma remada três vezes mais rápida que uma prancha convencional, mas prefiro o modo natural. O maior barato do surf ainda é o desafio harmonioso entre o homem e a natureza. Quer sensação melhor do que atravessar (no braço) um mar traiçoeiro e descer a maior da série (no braço) indo até a areia? Talvez Darwin esteja dando cambalhotas na tumba. Uma alfinetada à sua teoria da evolução – o mar seleciona diariamente aqueles que nele podem estar.

Quando li o artigo sobre tal novidade, lembrei da primeira vez que a baía de Waimea, no Havaí, foi surfada por um grupo de surfistas destemidos. Não havia cordinha para prender as pranchas aos pés, e essas pesavam mais de 30 quilos. Lembrei de dois caras despencando no peito (sem prancha) ondas de 3 metros na última temporada havaiana. Respeito a invenção, mas me mantenho na essência. WaveJet? Somente para auxílio em resgates, e nos pés dos salva-vidas.

Veja abaixo o vídeo sobre a tal geringonça:







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