De caiaque na pororoca


Em ação: habituada ao mar, Roberta vai encararar os desafios da pororoca

Por Octávio Germann, da Go Outside online

Consagrada como uma das melhores atletas do mundo no kayaksurf e eleita entre os vencedores do nosso Prêmio Outsiders de 2006, Roberta Borsari parece não se cansar de novos desafios. Na próxima sexta-feira (15), a carioca embarca para o Amapá, onde vai encarar uma das maiores aventuras da sua carreira: surfar a pororoca de caiaque.

Cercada por experientes surfistas da onda amazônica, entre eles o dono da maior marca de tempo surfando a pororoca, Sérgio Laus, ela se diz muito ansiosa para entrar em contato com as furiosas ondas do rio Araguari. Antes de embarcar nessa viagem, conversou com a equipe da Go Outside online sobre suas expectativas na hora de surfar a pororoca.

Go Outside – Como surgiu a idéia de encarar a pororoca de caiaque?
Roberta Borsari – A idéia de surfar a pororoca já vem de alguns anos, mas nunca tinha espaço na agenda em meio a tantas competições fora do Brasil. Estou afastada dos rios há dez anos e com muita saudade de surfar no Brasil. Conversei com o Serginho Laus, que tem uma enorme experiência na pororoca, e decidi que 2011 seria meu ano lá.

Go Outside – Alguma coisa mudou na sua rotina de treinamentos para encarar a pororoca?
Roberta – Na verdade, não. No mês passado estava competindo nos EUA e estou tentando manter a mesma rotina de treinamentos que eu teria se me encontrasse às vésperas de uma grande prova. Acho que é o melhor caminho.

Go Outside – Em sua opinião qual será a sua maior dificuldade durante o desafio?
Roberta
– Acredito que a maior dificuldade será o desconhecido. Embarcarei sexta-feira para o Amapá sem saber muito bem o que encontrarei por lá. Serão necessários alguns dias de adaptação para poder compreender a dinâmica das ondas da região, que costumam ser muito irregulares, e encontrar o posicionamento correto para surfá-las.

Go Outside – Além de ondas furiosas, o que mais você espera encontrar às margens do Araguari?
Roberta – Sinceramente estou muito ansiosa pelo contato com as comunidades locais. Será uma oportunidade e tanto de conhecer mais as muitas caras desse Brasil imenso que estou tendo a oportunidade de desbravar. Estar no meio de uma floresta como a Amazônia será, sem dúvida, uma experiência inesquecível para mim.







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