Por um Mundo Selvagem

Ouvi dizer que mergulhar faz mal aos ossos. É verdade?
Alguns mergulhadores que fazem descidas frequentes a mais de 30 metros de profundidade têm apresentado uma maior incidência de osteonecrose disbárica — ou, em português bem claro, “ossos mortos” –, uma condição degenerativa que pode fazer com que os ossos fiquem perigosamente frágeis e quebradiços, causando uma horrível dor nas articulações. Apesar de os médicos ainda não saberem explicar o fenômeno direito, detalhamos aqui o que já se sabe: sob pressão, o nitrogênio é jogado para fora da corrente sanguínea em direção a tecidos adjacentes. Quando um mergulhador sobe devagar em direção à superfície, o nitrogênio é reabsorvido gradualmente no sangue. Se ele subir muito rápido, bolhas de ar podem se instalar nos tecidos, restringindo o fluxo de sangue para os ossos. A osteonecrose ocorre após longos e profundos mergulhos, quando áreas ósseas – especialmente as que rodeiam joelhos, ombros e quadris – começam a se enfraquecer por conta da falta de sangue. A menos que a pessoa pare totalmente de mergulhar, o osso fica propenso a se despedaçar ou quebrar. Nos casos mais extremos, pode se degenerar por conta de uma severa artrite. Mas não há motivo para pânico. “A doença é muito mais frequente em mergulhadores profissionais e praticamente inexistente entre mergulhadores recreativos que respeitam os limites das tabelas de segurança do mergulho”, explica o doutor Adriano Leonardi, ortopedista da clínica Taktos, especializada em medicina esportiva e de aventura.







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