O câncer da pele é o mais comum entre os variados tipos dessa doença. E o aumento de incidência de câncer de pele deve-se, em parte, ao fato da exposição ao sol forte e a cada ano a camada de ozônio está cada vez mais comprometida.

O antigo conceito de que bronzeado forte é sinal de saúde caiu por água abaixo há tempos. Ele é, na realidade, sinal de agressão à pele. Num esforço para aumentar a proteção da epiderme contra os efeitos da radiação solar, as células produzem mais melanina e, consequentemente, há escurecimento da tonalidade.

Leia Mais:
+ Além do protetor solar: alimentos para proteger a pele de dentro para fora
+ Tudo que você precisa saber sobre protetor solar

O problema maior é que, enquanto o bronzeado se desenvolve, danos permanentes às células já aconteceram e, posteriormente, se manifestarão sob a forma de rugas, manchas, queratoses actínicas e, até mesmo, câncer da pele.

Se antigamente os fotoprotetores eram encarados como cosméticos, hoje eles são classificados pelo FDA como drogas que protegem a estrutura e a função da pele humana contra os danos causados pelo sol. Então vamos entender melhor algumas características básicas desses produtos:

>> No espectro solar, a radiação ultravioleta B (UVB) é a responsável pela maioria dos efeitos cancerígenos na pele.

>> A radiação ultravioleta A (UVA) induz ao fotoenvelhecimento e parece estar relacionada com o desenvolvimento do melanoma (neoplasia maligna).

>> Uma diferença importante entre a UVA e a UVB é que a intensidade da UVA é a mesma durante todo o dia e também não muda com a estação do ano. Esse é um dos motivos pelos quais você precisa utilizar protetores solares diariamente, em todos os dias do ano, a qual deve ser iniciada a partir dos 6 meses de idade.

O que é o Fator de Proteção Solar – FPS?

Os Fatores de Proteção Solar (FPS) são uma medida que indica quanto tempo uma pessoa pode ficar exposta ao sol sem se queimar. Eles auxiliam na escolha do produto de acordo com o tipo de pele. Peles mais claras necessitam de filtros com FPS mais altos (por exemplo, a partir de FPS 30).

Um bom fotoprotetor deve ter FPS de no mínimo 15, e ser de amplo espectro (deve absorver ou bloquear as radiações ultravioletas A e B). Os veículos podem ser creme, loção, spray ou gel e sua indicação vai depender do tipo de pele e região do corpo onde será utilizado.

Dicas de como se prevenir do sol forte e evitar câncer de pele:

>> Os fotoprotetores devem ser aplicados 30 minutos antes da exposição solar e, normalmente, precisam ser reaplicados a cada 2 horas de exposição.

>> A reaplicação é válida sempre que você der um mergulho ou transpirar muito.

>> Superfícies como areia, neve e água podem refletir muito a luz solar, então atenção redobrada quando estiver no mar, na montanha ou na praia. E não esqueça os protetores labiais e os óculos escuros!

>> Tão importante quanto o uso de filtros solares é o horário de exposição. Por isso, se puder escolher, evite o sol entre 10h e 16h (período de maior incidência de radiação ultravioleta).

>> Apesar da sensação de frescor, até 50% da radiação solar pode atingir partes do corpo submersas na água. Dias nublados (mormaço) também emitem radiações com riscos de queimadura solar.

>> Se for se expor ao sol por muito tempo, utilize também algum tipo de barreira física, como chapéu e camisetas de manga longa.

>> Não economize na quantidade a ser aplicada. A aplicação deve ser abundante e uniforme: na hora de passar seu protetor seja generoso e lembre-se que o sol é a principal causa de 90% de todos os cânceres da pele!

>> E, por experiência própria, para quem gosta de água e esportes outdoor como eu, um dos melhores protetores no mercado é o da Mormaii Saúde. Ele é muito resistente à água e protege mesmo quem tem a pele super clara como eu.

*Karina Oliani é médica, atleta e especialista em Wilderness Medicine pela WMS (Wilderness Medical Society).







Acompanhe o Rocky Mountain Games Pedra Grande 2024 ao vivo