Domínio brazuca


BOM MENINO: Medina provou em São Francisco que seu surf não se limita a aéreos (FOTOS: ASP)

“Menino, segura a onda da emoção, pois sua hora vai chegar”. Escrevi esta frase neste mesmo espaço, quando Gabriel Medina lançou um comentário de indignação nas redes sociais depois de “perder” para Kelly Slater baterias antes de sagra-se campeão da prova francesa. Quase um mês depois, o garoto sobe ao pódio novamente ao vencer o pelotão formado por Kelly Slater, Taylor Knox e Joel Parkinson. O último caiu diante do brazuca na final da etapa de São Francisco, Califórnia. O local de Maresias mostrou que também está afiado quando o assunto é emendar batidas radicais de costas para a onda – foi assim que “congelou” Parko com 7.50 e 9.0 nos 10 primeiros minutos de bateria. Para os mais conservadores, ficou explícito que o talento de Medina não se limita às decolagens.

Super Medina subiu para a elite mundial no corte do meio do ano e, dos quatro eventos que disputou, faturou dois. Um nível de aproveitamento fora de série para um surfista de apenas 17 anos. Só para você ter uma idéia, o californiano Taylor Knox, o cara mais velho do Tour (40 anos) e um dos ícones da geração estrelada nos filmes do renomado diretor Taylor Steele, está entre os melhores do mundo há quase duas décadas e jamais venceu um evento da elite mundial. Medina está há três meses e já carimbou dois brilhantemente. Tivemos três pódios tupiniquins consecutivos nas últimas três etapas – Gabriel Medina (França e Califórnia) e Adriano de Souza (Portugal). Chegou a nossa hora, e a hora dos gringos babarem diante desta talentosa e abençoada safra brasileira.







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