Jaquetas softshell: proteção garantida

As folhas do outono estão se acumulando na trilha em que faço caminhadas perto de casa. No meu armário, junto com um monte de casacos, a temporada está trazendo uma nova categoria de jaquetas conhecida como softshell. Tratam-se de casacos feitos com uma camada interna de fleece e uma externa de corta-vento.

Tecidos elásticos, bastante transpiráveis, e uma sensação confortável de maciez (daí o “soft”) definem o gênero das jaquetas softshell, que está recebendo muita atenção do mundo das atividades outdoor ultimamente. Novos tecidos a prova d’água ampliaram o quando e o onde as jaquetas softshell podem ser usadas, includino passeios no outono do Hemisfério Norte, quando normalmente seria necessária uma boa jaqueta para chuva.

Nesta temporada outono/inverno nos EUA, vou usar as softshells mais do que qualquer outro tipo de jaqueta. O modelo Centrifuge da Outdoor Research, por exemplo, é minha jaqueta leve preferida para atividades em tempos frescos, como corridas em trilhas. A jaqueta de US$ 150 é super-transpirável e se encaixa perfeitamente ao corpo, dando a sensação de uma camiseta – o lado da frente tem tecido menos fino para cortar o vento, mas nas costas (onde se sua mais) há um tecido fininho e permeável ao ar.

Buracos para os dedões em cada manga da Centrifuge permitem que você as prenda nas mãos, eliminando a necessidade de luvas em dias mais frios. Um capuz bem apertado protege a cabeça como uma máscara ninja, e se você fechar o zíper até acima do queixo, a Centrifuge tem um painelzinho na gola que permite que você respire numa boa.

Para climas um pouco mais frios, um híbrido de softshell que eu gosto é a Cristallo da marca alemã Ortovox. A jaqueta, que custa US$ 349, parece uma jaqueta tipo shell de alpinista, mas vem com um tecido elástico de softshell combinado com um fino forro de lã merino.

A lã por dentro dessa jaqueta oferece calor e controle de temperatura quando se está suado. Do lado de fora, para garantir a ”transpirabilidade”, a jaqueta Cristallo é intencionalmente menos que 100% a prova d’água, mas vai te manter seco numa garoa ou na neve.

Uma jaqueta softshell que uso no mato vem da Triple Aught Design, uma empresa de São Francisco. A Stealth LT é feita com um tecido a prova d’água da Schoeller que é elástico e transpirável, mas também resistente. Como a jaqueta da Ortovox, ela é bem cara, com um preço de US$ 325 nas lojas.

A Triple Aught Design se baseia em uma estética militar, e essa jaqueta negra e sem etiquetas tem um visual minimalista cool. Náilon resistente a abrasões e reforços de cotovelo que resistem a arranhões ou rasgos ajudam a tornar a Stealth LT a jaqueta softshell mais durável que já vi.


Finalmente há uma pechincha a US$ 160: a jaqueta Key Three da Columbia Sportswear tem um design simplificado e sem firulas – um bolso frontal quadrado no peito, bolsos com zíper para as mãos e nada de capuz. O tecido é a prova de vento e grosso – sua elasticidade e “transpirabilidade” são mínimas, mas a jaqueta da Columbia vem com zíperes nas axilas para ventilação. Fora que tem um ótimo caimento.

Como uma jaqueta estilo “low-profile”, a Key Three é quente o suficiente para suportar temperaturas abaixo de zero. Por trás do tecido discreto da jaqueta, há um forro interno de tecido Omni-Heat, uma matriz prateada de pequenos pontinhos de tecido metalizado que refletem de volta o calor corporal para aumentar a temperatura no seu tronco, uma qualidade que aprecio mais do que qualquer coisa nos meses de inverno.

–Stephen Regenold é crítico de equipamentos outdoor e fundador e editor do site The Gear Junkie (www.gearjunkie.com).







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